Pesquisadores da Universidade da Austrália do Sul descobriram uma proteína que pode mudar o modo como o câncer de ovário é diagnosticado e tratado. O estudo, publicado na revista em 2 de setembro, identificou uma molécula chamada F2R, encontrada em grandes quantidades nas células desse tipo de tumor.
O é o mais letal entre os tumores ginecológicos. Todos os anos, mais de 200 mil mulheres morrem em decorrência da doença, e cerca de 70% dos casos só são detectados quando o câncer já se espalhou.
A ausência de confiáveis e a semelhança dos sintomas com problemas comuns, como distúrbios intestinais ou urinários, dificultam o diagnóstico precoce.
Como o estudo foi conduzido
A equipe liderada por Hugo Albrecht, do Centro de Inovação Farmacêutica, da Universidade da Austrália do Sul, analisou grandes bancos de dados genéticos e amostras de tumores de pacientes.
Eles descobriram que o F2R — um tipo de proteína presente na superfície das células — aparece em níveis muito mais altos nas células cancerígenas do ovário do que em tecidos saudáveis.
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Esse tipo de molécula é conhecido como biomarcador, termo usado para designar qualquer substância que indica a presença ou o comportamento de uma doença no organismo. O F2R funciona como uma espécie de “sinal químico” que pode ajudar médicos e pesquisadores a detectar o câncer mais cedo ou prever se o tratamento funcionará bem.

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1 de 9 Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e é uma das quatro principais causas de morte antes dos 70 anos em diversos países. Por ser um problema cada vez mais comum, o quanto antes for identificado, maiores serão as chances de recuperação boonchai wedmakawand
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2 de 9 Por isso, é importante estar atento aos sinais que o corpo dá. Apesar de alguns tumores não apresentarem sintomas, o câncer, muitas vezes, causa mudanças no organismo. Conheça alguns sinais que podem surgir na presença da doença Phynart Studio/ Getty Images
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3 de 9 A perda de peso sem nenhum motivo aparente pode ser um dos principais sintomas de diversos tipos de cânceres, tais como: no estômago, pulmão, pâncreas, etc. Flashpop/ Getty Images
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4 de 9 Mudanças persistentes na textura da pele, sem motivo aparente, também pode ser um alerta, especialmente se forem inchaços e caroços no seio, pescoço, virilha, testículos, axila e estômago FG Trade/ Getty Images
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5 de 9 A tosse persistente, apesar de ser um sintoma comum de diversas doenças, deve ser investigada caso continue por mais de quatro semanas. Se for acompanhada de falta de ar e de sangue, por exemplo, pode ser um indicativo da doença no pulmão South_agency/ Getty Images
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6 de 9 Outro sinal característico da existência de um câncer é a modificação do aspecto de pintas. Mudanças no tamanho, cor e formato também devem ser investigadas, especialmente se descamarem, sangrarem ou apresentarem líquido retido Peter Dazeley/ Getty Images
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7 de 9 A presença de sangue nas fezes ou na urina pode ser sinal de câncer nos rins, bexiga ou intestino. Além disso, dor e dificuldades na hora de urinar também devem ser investigados RealPeopleGroup/ Getty Images
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8 de 9 Dores sem motivo aparente e que durem mais de quatro semanas, de forma frequente ou intermitente, podem ser um sinal da existência de câncer. Isso porque alguns tumores podem pressionar ossos, nervos e outros órgãos, causando incômodos ljubaphoto/ Getty Images
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9 de 9 Azia forte, recorrente, que apresente dor e que, aparentemente, não passa, pode indicar vários tipos de doenças, como câncer de garganta ou estômago. Além disso, a dificuldade e a dor ao engolir também devem ser investigadas, pois podem ser sinal da doença no esôfago DjelicS/ Getty Images
Ação do F2R no tumor
Mulheres com níveis elevados da proteína apresentaram pior prognóstico e menor tempo de sobrevida. Nos experimentos, os cientistas bloquearam a ação do F2R e perceberam que as células tumorais perdiam parte da capacidade de se mover e invadir outros tecidos, o que reduz o risco de metástase.
Além disso, quando o F2R foi silenciado, as células ficaram mais sensíveis à carboplatina, um dos medicamentos mais usados contra o câncer de ovário. Isso indica que um futuro tratamento combinado poderia aumentar a eficácia da quimioterapia tradicional.
Embora o estudo ainda esteja em fase pré-clínica, os autores acreditam que os resultados podem levar ao desenvolvimento de novos testes diagnósticos e terapias personalizadas.
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