• Quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Operação no Rio: Lula oferece peritos e vagas em presídios

Presidente enviou comitiva para avaliar situação depois da megaoperação que deixou pelo menos 119 mortos.

O governo federal colocou à disposição do Rio de Janeiro vagas no sistema penitenciário de alta segurança para lideranças de facções e equipes de peritos criminais para identificar vítimas da operação Contenção nos complexos do Alemão e da Penha. A oferta foi anunciada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta 4ª feira (29.out.2025).

Além das vagas em presídios federais, o governo disponibilizou médicos legistas da Força Nacional e da Polícia Federal. A PF também ofereceu seus bancos de DNA e balística “para elucidar os crimes e identificar os mortos” a fim de saber se estavam ou não ligados ao crime organizado, segundo Lewandowski.

O Planalto foi pego de surpresa pela operação e agora quer esclarecer as circunstâncias das mortes registradas durante a ação. Segundo o ministro, Lula ficou “estarrecido” com o alto número de mortos: números oficiais do Rio de Janeiro estimam 119 vítimas. O presidente também disse que ficou surpreso com o fato de que uma operação dessa magnitude não tenha sido comunicada ao governo federal.

Lewandowski disse novamente que uma operação desse porte deveria ter sido comunicada “ao nível das autoridades de hierarquia mais elevada“. Segundo ele, o presidente, o vice-presidente, o ministro da Justiça ou o diretor-geral da PF deveriam estar cientes da ação estadual.

A gestão federal já mantém a Força Nacional no Rio desde 2023, com 11 renovações a pedido do governador Cláudio Castro (PL). Lewandowski afirmou que o contingente pode ser ampliado “se for o caso“. A decretação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) no Rio não foi discutida e é tratada como hipótese descartada.

Uma comitiva ministerial viaja ao Rio na tarde desta 4ª feira para se reunir com Castro. Integram o grupo Lewandowski, Gleisi Hoffmann (PT), ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Macaé Maria Evaristo dos Santos (PT), ministra dos Direitos Humanos, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

Por: Poder360

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