• Sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Nikolas Ferreira cai durante empurra-empurra na Câmara

Deputado do PL afirmou ter sido empurrado pela colega Camila Jara, do PT: “esquerda sendo esquerda”; ela nega a agressão.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) caiu na Câmara dos Deputados logo depois do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), iniciar a sessão no plenário. O incidente aconteceu na 4ª feira (7.ago.2025).

Em seu perfil no X, o político afirmou que a deputada federal Camila Jara (PT-MS) o empurrou. “Parabéns por mostrar ao Brasil quem realmente você é”, escreveu.

A congressista nega que tenha agredido o colega. Em nota, a assessoria afirmou que “a deputada, com 1,60 metro de altura, 49 quilos e em tratamento contra um câncer, foi injustamente acusada de ter nocauteado o parlamentar com um soco”.

Em resposta, Nikolas fez uma outra publicação na qual ironizou o posicionamento de Camila e a chamou de “jararaca”.

Abaixo de 50kg, pode mentir, agredir e posar de vítima. Mesmo o Brasil inteiro vendo o vídeo que comprova, a petista nega”, escreveu.

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) também usou seu perfil no X para afirmar que Camila deu “um soco no saco” de Nikolas Ferreira.

Motta havia convocado a sessão para ter início às 20h30. Só conseguiu se sentar na cadeira de presidente às 22h21. Deputados bolsonaristas resistiram em sair do assento. O presidente estava acompanhado da Polícia Legislativa, e ainda assim teve dificuldades.

Apesar de pedir para os deputados de oposição deixarem o espaço da Mesa Diretora, eles seguiram em pé atrás do presidente da Casa.

Na 3ª feira (7.ago), senadores e deputados da oposição anunciaram que iriam obstruir os trabalhos no Congresso em retaliação ao STF e à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Disseram que impediriam as votações no plenário enquanto os temas não fossem pautados.

Depois da confusão, Motta prometeu pautar a anistia e o fim do foro privilegiado.

Eis a íntegra da nota de Camila Jara:

Nota da deputada federal Camila Jara sobre o empurra-empurra no plenário

“Na última 4ª feira (6.ago), os trabalhos da sessão legislativa foram impedidos por um grupo de parlamentares extremistas. Em desacordo com o regimento interno da Casa, os deputados apoderaram-se da mesa da presidência e exigiram que o projeto de anistia fosse pautado a todo custo. Ignorando pautas relevantes para as pessoas, como a isenção do Imposto de Renda, que poderá afetar 10 milhões de brasileiros.

“Mesmo com a chegada do presidente Hugo Motta, os deputados se recusaram a ocupar seus lugares no plenário, gerando caos e confusão.

“Ao final da sessão, enquanto o presidente se levantava, a deputada federal Camila Jara se aproximava da cadeira da presidência quando acabou esbarrando no deputado federal Nikolas Ferreira, que foi ao chão. A deputada, com 1,60 metro de altura, 49 quilos e em tratamento contra um câncer, foi injustamente acusada de ter nocauteado o parlamentar com um soco.

“A deputada federal Camila Jara vem a público esclarecer que reagiu ao empurra-empurra da mesma forma que qualquer mulher reagiria em um tumulto, quando um homem a pressiona contra a multidão. Não houve soco ou qualquer outro ato de violência deliberada, como alardeado nas redes sociais por publicações direcionadas. O resultado dessa campanha de perseguição foram centenas de comentários ofensivos e ameaças à integridade física e até mesmo à vida da deputada Camila Jara.

“Na manhã desta quinta-feira (7), a Polícia Legislativa precisou ser acionada para garantir a segurança da parlamentar, após a campanha de ódio ter tomado uma proporção alarmante. A escolta policial será solicitada também no Mato Grosso do Sul para garantir a segurança das atividades parlamentares no estado.

“A deputada Camila Jara reforça que não será intimidada pelo ódio dos que desrespeitam a democracia. A coragem e o diálogo são marcas do trabalho da parlamentar, que jamais se acovardará diante das injustiças.

Por: Poder360

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