O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta 5ª feira (7.ago.2025) que, durante a reunião de líderes partidários realizada na noite de 4ª feira (6.ago), a maioria decidiu por não pautar o PL da anistia.
Segundo Motta, o projeto de lei “não é uma pauta nova, mas delicada”, e os líderes que, somados, resultam em mais de 400 deputados, optaram por não levar a pauta à frente.
“Não há negociações sobre pautas com obstrução, apenas depois da normalidade dos trabalhos. Não tenho preconceito com nenhuma pauta, se em uma nova reunião houver maioria para pautar a anistia, o presidente respeitará a vontade da maioria”, disse Motta ao Metrópoles.
Depois dos atos de obstrução dos trabalhos nos plenários do Congresso Nacional, ambos os presidentes convocaram reuniões de líderes nas residências oficiais.
Depois do encontro, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou que haveria um acordo para levar a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro para a Mesa Diretora. Em discurso posterior, disse não ter sido “correto no privado” de Motta, e negou ter um acordo fechado.
Ocupação dos plenários
Congressistas da oposição ocuparam na 3ª feira (5.ago) os plenários da Câmara e do Senado para impedir que houvesse o prosseguimento dos trabalhos. Nas redes sociais, o senador Magno Malta (PL-ES) foi visto acorrentado à Mesa Diretora do plenário. Veja abaixo:
O motivo para tal intervenção seria o “abuso de poder” exercido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes sobre integrantes da direita brasileira. O estopim para os atos foi o decreto de prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A oposição argumenta que só liberará os plenários caso haja um diálogo favorável com os presidentes Hugo Motta e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). As pautas desejadas são: