• Sábado, 2 de agosto de 2025

Lula ligou para Moraes logo após anúncio de sanções

Presidente manifestou solidariedade ao ministro; classificou como “inaceitável” a "interferência" dos EUA.

Logo depois de o governo dos Estados Unidos anunciar sanções ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, na 4ª feira (30.jul.2025), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ligou para o magistrado para manifestar solidariedade.

Moraes foi incluído na Lei Magnitsky, usada para impor sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos. A decisão foi publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro norte-americano. Eis a íntegra do comunicado (PDF – 187 kB).

Em nota, Lula classificou como “inaceitável” o que considerou ser uma interferência do governo dos Estados Unidos no Poder Judiciário brasileiro. Disse que o Brasil é um país “soberano e democrático”.

“Um dos fundamentos da democracia e do respeito aos direitos humanos no Brasil é a independência do Poder Judiciário e qualquer tentativa de enfraquecê-lo constitui ameaça ao próprio regime democrático. Justiça não se negocia”, escreveu o presidente.

Lula se reuniu com ministros do Supremo na noite de 4ª feira (30.jul). Participaram da reunião o presidente da Corte, Roberto Barroso, e os ministros Gilmar Mendes e Cristiano Zanin.

Os ministros de Estado Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia Geral da União) também estavam presentes.

Moraes não participou da reunião. O ministro é corintiano e foi à Neo Química Arena, em São Paulo, para acompanhar a partida contra o Palmeiras pela Copa do Brasil.

Já na noite desta 5ª feira (31.jul) Moraes é esperado para um encontro no Palácio da Alvorada, às 19h. A reunião foi articulada entre o presidente Lula e o presidente do STF.

A ideia do encontro é fazer uma foto de todos demonstrando unidade e reforçando o discurso da soberania do país diante de sanções externas. Essa estratégia tem ajudado o Planalto a melhorar um pouco a taxa de aprovação do governo.

Por: Poder360

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