La Niña pode afetar a soja neste inverno? Entenda o cenário

Início do inverno no Brasil será marcado por clima neutro, porém produtores devem se preparar para possíveis chuvas irregulares e geadas fora de época O inverno brasileiro de 2025 dá início oficialmente esta semana, trazendo consigo um cenário climático de neutralidade no Oceano Pacífico. Essa condição, apontada pelo mais recente boletim da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), indica que o país não deve sentir, ao menos por enquanto, os efeitos típicos de fenômenos como El Niño ou La Niña. No entanto, a ausência desses eventos não significa tranquilidade total. Pelo contrário, a falta de um padrão climático dominante costuma abrir espaço para variações de tempo mais localizadas e de difícil previsão. Segundo os meteorologistas, a possibilidade de um novo episódio de La Niña ainda ronda o horizonte, com uma chance de 41% de se concretizar nos próximos meses. Embora o percentual não seja considerado alto, o setor agropecuário já monitora a situação com atenção. Isso porque um eventual retorno da La Niña pode provocar atrasos nas chuvas do Centro-Oeste e favorecer a ocorrência de geadas tardias no Sul, justamente em um momento crítico de planejamento e início das operações de campo para a próxima safra de soja.

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O risco maior, segundo especialistas, é a combinação entre períodos de frio intenso nas regiões sulistas e uma possível estiagem nas áreas centrais do país, criando um ambiente de incertezas para os produtores. Quem já trabalha com o planejamento da nova safra sabe que o monitoramento constante das atualizações meteorológicas será essencial. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Enquanto a La Niña ainda é tratada como uma possibilidade, o El Niño parece ainda mais distante. A probabilidade de seu retorno durante o inverno é de apenas 12%. Mesmo assim, o atual estado de neutralidade climática não pode ser interpretado como sinônimo de estabilidade. As temperaturas dos oceanos seguem elevadas, o que aumenta a presença de umidade na atmosfera e, consequentemente, eleva a chance de eventos climáticos extremos, como tempestades isoladas, vendavais e variações abruptas de temperatura. Condições climáticas antes da chegada oficial do inverno Antes mesmo da mudança oficial de estação, muitas regiões agrícolas já experimentam um padrão de tempo seco com temperaturas em elevação. Segundo levantamento da equipe de meteorologia do Canal Rural, esse cenário tem favorecido o ritmo das atividades no campo, principalmente no Centro-Oeste, Sudeste e interior do Matopiba. O solo seco e o clima firme garantem bom desempenho para a colheita da soja e para o desenvolvimento do milho segunda safra. Produtores desses estados seguem sem grandes preocupações quanto a chuvas nos próximos dias. As previsões indicam predomínio de tempo aberto, com temperaturas gradualmente mais altas, reduzindo o risco de geadas e permitindo o avanço dos trabalhos nas lavouras. Apenas o Maranhão e o norte do Piauí devem receber algumas pancadas pontuais, mas os volumes previstos não são motivo de alerta. Situação oposta no Rio Grande do Sul Enquanto boa parte do Brasil agrícola desfruta de condições favoráveis, o Rio Grande do Sul enfrenta um quadro bem diferente. A previsão indica acumulados de chuva entre 150 mm e 200 mm entre terça (17) e quarta-feira (18), com maior concentração na faixa centro-sul do estado. O alerta inclui ainda possibilidade de granizo e ventos fortes, o que acende um sinal vermelho para os produtores da região quanto ao risco de prejuízos nas lavouras. Para a semana seguinte, a expectativa é de redução nos volumes de chuva, mas ainda com registros entre 20 mm e 30 mm. Essa quantidade deve manter o solo com boa umidade, porém sem provocar impactos significativos nas atividades agrícolas. Geadas seguem fora do radar Com o avanço de junho, a preocupação com as geadas típicas do inverno começa a crescer, especialmente nas regiões mais frias do Sul e Sudeste. No entanto, as projeções meteorológicas para os próximos dias indicam um cenário relativamente tranquilo. As madrugadas devem registrar mínimas entre 12°C e 15°C, mas sem risco de formação de geada. A tendência se mantém estável para a semana seguinte, com manhãs frias e elevação das temperaturas ao longo do dia. Esse comportamento climático deve favorecer a continuidade do desenvolvimento das lavouras de milho segunda safra, especialmente nas regiões centrais do país, onde os trabalhos no campo seguem avançando sem grandes obstáculos relacionados ao clima. Escrito por Compre Rural VEJA MAIS:

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias