O Platão, inteligência artificial desenvolvida pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), foi apresentado como exemplo de boa prática em uso ético e seguro de tecnologia durante o Power Enterprise AI Factories, evento internacional promovido pela Nutanix na terça-feira (28), em São Paulo.
“O Platão nasceu para fortalecer o trabalho do TCE e, consequentemente, a gestão pública e o serviço prestado ao cidadão. Quando usamos tecnologia com responsabilidade, todos ganham, o gestor, que recebe orientação mais precisa, e a sociedade, que tem um controle mais ágil e transparente”, afirmou o presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo.
Para o DPO e secretário-adjunto de inovação e inteligência do TCE-MT, Valteir Teobaldo, o desenvolvimento do Platão demonstra que é plenamente possível aliar inovação tecnológica à conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados e aos princípios éticos que devem nortear a atuação pública.
“A arquitetura de serviços de IA adotada pelo TCE-MT foi concebida sob o eixo da governança responsável, processamento local, controle de ciclo de vida dos dados e transparência algorítmica. Isso garante que cada modelo opere dentro de fronteiras seguras, com rastreabilidade e propósito legítimo. A inteligência artificial só tem valor público quando respeita a privacidade, a soberania informacional e a confiança social, pilares que orientam cada decisão técnica e institucional do Tribunal", declarou Valteir.
A ferramenta, que conta com modelo próprio de consultas em linguagem natural, hospedado no data center do órgão, foi destacada na etapa brasileira do roadshow latino-americano, que reúne especialistas e instituições públicas e privadas para debater a aplicação da IA corporativa com governança e soberania de dados.
"Não podíamos expor dados de RH à nuvem. Criamos um LLM local e evoluímos com GPUs e Kubernetes na plataforma Nutanix NAI", explicou o coordenador de Projetos de IA da Secretaria Executiva de Tecnologia da Informação do TCE-MT (SETI), Marco Antônio Azevedo.
Também presente no evento, a analista de conformidade e requisitos da SETI/ TCE-MT, Geovanna Ribeiro de Oliveira, reforçou a importância da curadoria de dados e da limitação de escopo nos projetos de IA do Tribunal. “A inteligência artificial deve ser treinada com dados éticos e relevantes. Não é sobre quantidade, mas sobre responsabilidade”, afirmou.
Segundo Leonel Oliveira, diretor-geral da Nutanix Brasil, o avanço da inteligência artificial depende da proteção dos dados e da soberania da informação. "Se perdermos nossos dados, perdemos nossa identidade. A IA só é viável quando o dado é tratado com responsabilidade", concluiu.
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