• Quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Haddad defende reforma da renda, critica tarifaço dos EUA e descarta candidatura em 2026

Entre as próximas medidas, Haddad citou a votação de um corte linear de 10% dos benefícios fiscais infraconstitucionais até o fim do ano.

Entre as próximas medidas, Haddad citou a votação de um corte linear de 10% dos benefícios fiscais infraconstitucionais até o fim do ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista hoje mais cedo ao Canal UOL, reafirmou seu compromisso com a agenda econômica do governo Lula e negou ter intenção de disputar a Presidência em 2026. “Não tenho intenção, agora, em ser candidato em 2026. Temos uma agenda na Fazenda importante, a reforma da renda é a cereja do bolo para tocar na ferida da desigualdade, algo que muitos governos tentaram mas não conseguiram”, disse. Segundo ele, partidos da base de apoio ao governo não são obrigados a aderir a uma eventual candidatura de Lula à reeleição. “É natural também que partidos que fazem parte não queiram estar no apoio a uma reeleição”, afirmou. Haddad defendeu com firmeza a reforma tributária da renda, que prevê a taxação de super-ricos. “Estamos propondo que para quem ganha mais de R$ 1 milhão por ano pague 10% de imposto de renda. É uma proposta que recebeu elogios de economistas liberais”, disse, destacando que se trata de uma vitória do país ao cobrar imposto de quem hoje não paga. Ele garantiu que há acordo no Congresso para manter a neutralidade fiscal. “Ouvi do presidente Hugo Motta [presidente da Câmara dos Deputados] que esse compromisso vai ser honrado”, declarou.
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    O ministro também rebateu críticas de setores que reclamam do peso do Estado. “Os que reclamam do Estado são os que menos contribuem para a sua gestão, estão reclamando de quê?”, questionou. Haddad lembrou que, no governo anterior, fundos offshore, fundos familiares e as apostas esportivas ficaram anos sem pagar impostos. “O governo Bolsonaro ficou quatro anos sem cobrar imposto de bets”, disse. Entre as próximas medidas, Haddad citou a votação de um corte linear de 10% dos benefícios fiscais infraconstitucionais até o fim do ano. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Ao comentar o impacto do tarifaço anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra exportações brasileiras, Haddad disse que o Brasil tem condições de enfrentar a medida e que o governo vem aproveitando o momento para fortalecer mecanismos de exportação. “Ao taxar carne e café, você vai arranjar outra freguesia”, afirmou, acrescentando que os EUA dependem de commodities baratas e tendem a perder espaço caso mantenham a posição belicosa. Ele também alertou para interesses estratégicos dos EUA em relação a minerais críticos e defendeu a aprovação ainda neste ano do marco regulatório da mineração. Haddad avaliou ainda que a elite brasileira mantém resistência ao presidente Lula e tende a apoiar candidatos conservadores em 2026. Ele citou declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, contrário à taxação dos super-ricos, como exemplo dessa proximidade. “Seria interessante saber o que pensam os presidenciáveis sobre a reforma da renda. Se não votar a favor ou contra, isso diz muito para a sociedade brasileira”, afirmou. Apesar de prever uma disputa apertada, o ministro disse acreditar que o campo progressista está preparado. “Hoje no Brasil, ganhar de 53% a 47% é um bom resultado. Temos condição de ter uma eleição minimamente civilizada em 2026”, concluiu. Fonte: Safras News VEJA TAMBÉM:
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  • ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
    Por: Redação

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