• Sexta-feira, 6 de junho de 2025

Gripe aviária: piscicultura sente impactos indiretos da crise sanitária no Brasil

Embora não afete peixes, a Influenza Aviária - popularmente conhecida como gripe aviária - influencia preços, exportações e demanda por proteína animal, gerando efeitos inesperados para o setor aquícola.

Embora não afete peixes, a Influenza Aviária – popularmente conhecida como gripe aviária – influencia preços, exportações e demanda por proteína animal, gerando efeitos inesperados para o setor aquícola. A confirmação de casos de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) no Brasil em 2024 e 2025 provocou impactos imediatos na avicultura, com embargos comerciais e queda nas exportações. Mas os reflexos da crise sanitária não se restringem aos aviários: a piscicultura brasileira também começa a sentir os efeitos indiretos, especialmente no consumo, na precificação de proteínas e na logística de exportação. 1. Substituição de proteína e demanda aquecida na piscicultura Com a redução da oferta de carne de frango em decorrência dos embargos, parte do consumo migra para outras proteínas, como carne suína, bovina e, especialmente, peixes de cultivo como tilápia e tambaqui.
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  • Boas práticas de fabricação na nutrição animal
    Segundo especialistas do setor aquícola, há um aumento na procura por peixes frescos e processados, principalmente em redes varejistas do Sul e Sudeste.
    A demanda por tilápia no mercado interno cresceu cerca de 8% nos últimos meses, segundo dados preliminares da Peixe BR. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});2. Exportações: gargalos logísticos compartilhados A gripe aviária levou à revisão de protocolos sanitários e inspeções mais rígidas nos portos e aeroportos, o que acaba afetando também a logística de exportação da piscicultura.
    Contêineres refrigerados e liberação aduaneira sofrem atrasos, principalmente em estados com grande volume de exportação de peixes, como Paraná e Rondônia.
    A concorrência por espaços logísticos com outros setores afetados pressiona os custos de escoamento e compromete contratos internacionais. 3. Mercado internacional e imagem do país Embora a Influenza Aviária não afete peixes, a imagem do Brasil como fornecedor de alimentos seguros pode sofrer abalos no exterior.
    Alguns países importadores têm adotado cautela na liberação de produtos brasileiros, inclusive do setor aquícola, até que a situação sanitária se normalize.
    A manutenção do status livre de IA em granjas comerciais é crucial para evitar danos maiores à reputação do país também na piscicultura. 4. Oportunidade para fortalecimento da cadeia aquícola Em meio à crise, há espaço para que a piscicultura ganhe protagonismo como alternativa viável e segura de proteína animal, inclusive com estímulo a programas governamentais e campanhas institucionais.
    Entidades como a Peixe BR e cooperativas regionais têm defendido ações de promoção do pescado nacional como resposta estratégica à crise sanitária.5. Recomendações e vigilância para a piscicultura Embora a gripe aviária não represente risco direto à piscicultura, a recomendação é de reforço nas práticas de biosseguridade nas unidades aquícolas, evitando possíveis contaminações cruzadas em ambientes rurais integrados.
    O MAPA segue monitorando possíveis interações indiretas, especialmente em sistemas de produção integrados com avicultura. Opinião: Uma crise para uns, uma chance histórica para outros Apesar dos desafios, o atual cenário sanitário representa uma janela estratégica rara para a piscicultura brasileira crescer, ganhar espaço e consolidar sua posição no mercado de proteínas.
    Enquanto a avicultura enfrenta restrições internacionais e retração na produção, os peixes — especialmente espécies como tilápia e tambaquiganham protagonismo como alternativa segura, saudável e sustentável. Para aproveitar esse momento, os produtores de peixes devem:
    Aumentar sua capacidade produtiva de forma planejada, garantindo qualidade e biosseguridade;
    Fortalecer a rastreabilidade e a conformidade sanitária, elementos cada vez mais exigidos pelo mercado externo;
    Buscar certificações e se posicionar como fornecedores confiáveis, aproveitando a busca global por proteínas com menor risco sanitário;
    Investir em marketing e relacionamento com o varejo e canais de exportação, mostrando que a piscicultura brasileira está preparada para abastecer o mercado com segurança e eficiência;
    Controlar todos os processos de alta produtividade da porteira para dentro, produzindo os peixes com eficiência, controle de custos, conhecendo o lucro que é conseguido através do manejo eficiente. Esse é o momento em que os criadores que se anteciparem e se profissionalizarem irão colher os maiores resultados.Enquanto uma barreira se fecha para o frango, uma porta se escancara para o peixe.
    É hora de o setor aquícola assumir esse protagonismo — com estratégia, produtividade e visão de longo prazo. Se você precisa de ajuda durante esse processo, entre para a turma da Piscicultura de Alta Performance, o curso onde todo criador de peixes ganha dinheiro e amplia seus negócios. Para saber mais, siga meu perfil no Instagram:
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    Por: Redação

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