• Sábado, 28 de junho de 2025

Governo Federal passa a cobrar taxa de R$ 500 por acampamento às margens do Rio Araguaia

Entenda a medida federal, que já provocou grande repercussão nas redes sociais; Cobrança - taxa de R$ 500 por acampamento às margens do Rio Araguaia - se aplica apenas a estruturas fixas ou permanência superior a 30 dias; medida visa preservar o patrimônio da União e coibir degradações ambientais

Entenda a medida federal, que já provocou grande repercussão nas redes sociais; Cobrança – taxa de R$ 500 por acampamento às margens do Rio Araguaia – se aplica apenas a estruturas fixas ou permanência superior a 30 dias; medida visa preservar o patrimônio da União e coibir degradações ambientais A partir de julho de 2025, quem montar acampamento com estrutura fixa ou permanecer por mais de 30 dias consecutivos nas margens do Rio Araguaia deverá pagar uma taxa de R$ 500,00 e obter autorização prévia junto à Superintendência do Patrimônio da União (SPU). A medida federal, que já provocou grande repercussão nas redes sociais e grupos de WhatsApp, não se aplica a banhistas, pescadores ou turistas de curta estadia, mas sim à ocupação prolongada que configure uso contínuo do bem público. O que muda para quem acampa no Araguaia A nova regulamentação parte da premissa de que as margens do Rio Araguaia — até 15 metros da calha do rio — são patrimônio da União, o que dá à SPU autoridade para autorizar ou vetar o uso prolongado dessas áreas.
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    Portanto, a taxa de R$ 500 é obrigatória para:window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});
  • Acampamentos com estruturas fixas, como decks, ranchos, barracas permanentes ou plataformas;
  • Permanência superior a 30 dias contínuos;
  • Eventos religiosos, culturais, recreativos ou comerciais com ocupação prolongada do espaço.
  • Não haverá cobrança para quem acampa por curtos períodos, para pescadores eventuais, motoristas de motorhomes com estadias breves ou frequentadores que apenas utilizam a área para banho ou lazer eventual. Como solicitar a autorização e pagar a taxa de R$ 500 por acampamento às margens do Rio Araguaia Para regularizar o uso da faixa de domínio da União às margens do Araguaia, o interessado deve:
  • Acessar o sistema Patrimônio de Todos no portal da SPU;
  • Realizar cadastro via conta Gov.br;
  • Emitir a GRU (Guia de Recolhimento da União) no valor de R$ 500;
  • Instalar uma placa padronizada no acampamento, informando o número de autorização.
  • Vale destacar que o valor arrecadado não cobre serviços públicos como coleta de lixo, banheiros ou energia elétrica, cuja manutenção continua sob responsabilidade dos usuários ou das prefeituras locais. Medida é legal e visa preservação ambiental, dizem autoridades Segundo a SPU, o objetivo principal da cobrança é ordenar o uso do espaço público federal e evitar degradações ambientais causadas por ocupações desorganizadas, como acampamentos improvisados que geram acúmulo de lixo, desmatamento de vegetação ciliar e contaminação do solo.
    Vista do Rio Araguaia, no Vale do Araguaia mato-grossense. Foto: Liga do Araguaia/Agropecuária Sucuri
    O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Semad), reforçou que não tem nenhuma relação com a taxa de R$ 500 por acampamento às margens do Rio Araguaia, tampouco autorizou qualquer cobrança estadual. A secretária Andréa Vulcanis afirmou: “O Governo do Estado de Goiás reafirma que nunca cobrou nem cobrará taxas para quem aproveita a temporada do Araguaia. O que recomendamos é apenas que acampamentos sigam práticas sustentáveis e respeitem o meio ambiente”. Repercussão: entre o apoio técnico e as críticas populares Enquanto especialistas em direito ambiental defendem a medida como uma forma legítima de gestão do patrimônio público e prevenção de danos ambientais, muitos veranistas e ribeirinhos criticam a burocracia e os custos envolvidos. Segundo eles, a cobrança pode comprometer uma tradição cultural de décadas, principalmente entre famílias que acampam por longos períodos durante o verão na região. Em 2024, a própria SPU promoveu o I Encontro Araguaia Sustentável, reunindo prefeituras e associações da região para debater regras de ocupação e boas práticas. A ação indica que a nova cobrança está inserida em um contexto mais amplo de conscientização, fiscalização e gestão participativa, com envolvimento de municípios como Aruanã, Aragarças, Britânia e São Miguel do Araguaia, que devem atuar com apoio logístico e educativo durante a temporada. O que acontece com quem não cumprir as regras? Quem descumprir as exigências da SPU — como montar estruturas permanentes sem autorização ou permanecer por mais de 30 dias sem pagar a taxa — poderá ser multado, notificado por fiscais ou denunciado por moradores. A fiscalização será intensificada principalmente durante os meses de alta temporada, com ações coordenadas entre SPU e prefeituras. ⚠️ A taxa de R$ 500 por acampamento às margens do Rio Araguaia não é uma cobrança para simples lazer no famoso Araguaia, mas sim uma forma de controle federal sobre o uso prolongado das margens do rio, que são patrimônio da União. O foco é ambiental, legal e organizacional — ainda que a medida divida opiniões entre os frequentadores da região.
    Por: Redação

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