Conheça a verdade que ninguém te conta sobre o Plano Safra 2025/2026
Fenagen Promebo abre com foco em seleção genética e futuro da carne gaúcha
Após palestras do 4º Fórum Promebo na Prática, criadores assistiram em pista avaliações de carcaças de diferentes raças.
Após palestras do 4º Fórum Promebo na Prática, criadores assistiram em pista avaliações de carcaças de diferentes raças. O 4º Fórum Promebo na Prática abriu as atividades da 2ª Fenagen Promebo, em Pelotas (RS). Após a abertura realizada pelo presidente da Associação Nacional de Criadores Herd Book Collares (ANC), Joaquin Villegas, que ressaltou o trabalho de seleção genética para a produção de uma carne de excelência, palestrou a diretora da Cia. Azul, Susana Macedo Salvador. A empresária traçou uma breve linha do tempo para falar da criação de Angus, Brangus, Braford e Ultrablack, começando pela fundação da produção com seu avô, em 1907, ressaltando a parceria entre o pai, João Vieira de Macedo Neto, do criador Ciro Manoel de Andrade Freitas com o pesquisador Luiz Alberto Fries, cedendo dados para a tese de mestrado que resultou no Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo). Também detalhou a forma de trabalho da empresa, focada em seleção genética para melhoramento de seus próprios rebanhos e de rebanhos de clientes, demonstrando como avaliam os animais com as exigência de pontuação do Promebo. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
Conheça a verdade que ninguém te conta sobre o Plano Safra 2025/2026 A segunda palestra foi a da zootecnista e proprietária da empresa Santa Carcaça, do Mato Grosso do Sul, Andressa de Barros Rezende Conti. A proposta foi mostrar a experiência no Brasil Central de como se dão os cruzamentos entre as raças Angus e Nelore e a importância disso no sistema de produção com ênfase no uso crescente de tecnologia. Ela foi a primeira compradora de boi no Mato Grosso do Sul. “A Santa Carcaça atua em 7 unidades, com experiência em mais de 20 plantas no Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo e Paraguai com 210 mil cabeças abatidas e auditadas. São 150 clientes ativos em carteira”, revelou. Em um cenário macro, Andressa destacou que o abate total de bovinos no Brasil cresceu 1,44% no último ano, totalizando 41,96 milhões de cabeças. Segundo estimativas, trata-se do maior abate de bovinos já observado no Brasil. “Os principais destinos são China, Estados Unidos, Hong Kong e Chile. Desde 2004, o Brasil mantém a posição de maior exportador global de carne bovina e o segundo maior produtor”, ressaltou. window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Sobre a ultrassonografia de carcaças, palestrou o professor da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Jaime Tarouco. Ele destacou a ultrassonografia como ferramenta de carcaças, sendo ela a avaliação dentro do sistema de produção para identificar gargalos de nutrição e genética. “Estamos preocupados com a seleção de algumas características, como peso ao nascer, pois cada vez mais estamos usando touros com peso negativo ao nascer e as características influenciam no ganho de peso dos animais ao desmame e recria e rendimento comerciais de cortes desossados”, destacou. O professor disse, ainda, que a ultrassonografia mostra a centimetragem quadrada de área do chamado olho do lombo e que isso influencia na rentabilidade. Na sequência aconteceu uma mesa redonda com mediação do professor Jaime Tarouco para debater a linha de produção da carne, desde o produtor até o consumidor final. Participaram a diretora da Cia. Azul, Susana Macedo Salvador, a proprietária da Santa Carcaça, Andressa de Barros Rezende Conti, o diretor da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) Luiz Carlos da Silva Carvalho, e a Mestre Churrasqueira, Clarisse Schwartzman. Suzana lembrou que, em algum momento, o Brasil deverá deixar de ser uma simples commodity da carne para agregar mais rentabilidade. Andressa disse que, para isto, será fundamental a valorização cada vez maior da rastreabilidade e dos programas de melhoramento genético. Clarice defendeu o consumo da carne gaúcha e que, como consumidora, se baseia na aparência da carne bem como características de gordura, marmoreio e embalagem. Carvalho apontou uma dificuldade no processo que é a inconstância e falta de uniformidade do produto. O professor Jaime Tarouco enfatizou que isto só será resolvido com aprimoramento cada vez maior da seleção genética e regularidade de abates. À tarde ocorreu a parte prática do fórum, com análise de ultrassonografia de animais vivos e já abatidos, e que teve participações do presidente do Conselho Deliberativo Técnico da ANC, Leandro Hackbart, do Coordenador do Promebo, Laerte Rochel, do sócio-proprietário da empresa BioData – Ciência de Dados, zootecnista Leandro Lunardini Cardoso. Foram mostrados números que comprovam a importância do uso de dados do Promebo bem como da ultrassonografia de carcaças na seleção feita por criadores, já que esta técnica permite avaliar a qualidade da carne de um animal vivo, que resulta em uma seleção de bovinos de melhor qualidade. Foram analisadas características de carcaças de cinco duplas das raças Ultrablack, Hereford e Angus. Por fim, a médica veterinária Ana Doralina Alves Menezes falou sobre carcaças, cortes e melhoramento genético e as 3 características que o mercado mais valoriza que são a qualidade diferenciada, padronização e constância, bem como as 3 características que o consumidor procura na carne que são a maciez, sabor e suculência. Para chegar nesse patamar, Ana explicou todos os aspectos da cadeia que precisam ser observados.
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Por: Redação