A Fast Shop encerrará as atividades de 11 lojas e 1 centro de distribuição em diferentes Estados brasileiros como parte de uma reestruturação. A medida se da 2 meses depois de a empresa ser alvo de operação da PF (Polícia Federal) por envolvimento em esquema de corrupção com auditores fiscais e após executivos da empresa firmarem, em 16 de setembro, acordo com o MP (Ministério Público) de São Paulo de não persecução penal.
“A decisão faz parte de um processo de reestruturação que já vinha sendo planejado pela companhia, implementado neste momento de acordo com sua estratégia de longo prazo. Todas as demais lojas do grupo continuam com as atividades normais”, informou a empresa em nota.
Em agosto, a operação Ícaro revelou que os empresários pagavam os auditores fiscais da Fazenda estadual paulista para que facilitassem o ressarcimento de créditos de ICMS junto à Sefaz-SP. O acordo firmado estabeleceu que a empresa pagará R$ 100 milhões a título de prestação pecuniária penal, além da devolução dos valores desviados.
O fechamento das unidades será realizado em 3 etapas durante outubro:
A rede varejista de eletrônicos e eletrodomésticos mantém 80 lojas no Brasil, distribuídas entre 3 marcas: Fast Shop, M1 e A2You – esta última especializada em produtos Apple.
Eis a íntegra da nota:
“A Fast Shop confirma o encerramento das atividades de 11 lojas e de um centro de distribuição. A decisão faz parte de um processo de reestruturação que já vinha sendo planejado pela companhia, implementado neste momento de acordo com sua estratégia de longo prazo. Todas as demais lojas do grupo continuam com as atividades normais.
“A liderança da Fast Shop está sempre em busca de melhorias contínuas de forma a ampliar a eficiência operacional da companhia. Neste sentido, a empresa reavalia constantemente a sua estrutura e operação – inclusive de lojas físicas, com a priorização de pontos de venda que estejam alinhados à sua estratégia.
“Essa postura diligente é o que tem garantido a sustentabilidade e o desenvolvimento da Fast Shop ao longo de seus quase 40 anos de história na sua missão de encantar os clientes que compram pelas suas lojas físicas e ecommerce.”
O diretor estatutário da empresa, Mário Otávio Gomes, que foi preso durante a operação Icaro deflagrada em 12 de agosto, junto com os sócios Milton Kazuyuki Kakumoto e Júlio Atsushi Kakumoto, comprometeram-se a pagar multas que somam R$ 100 milhões. O pagamento será feito em 15 parcelas.
O acordo com o MP também determina que os executivos implementem um programa de compliance e adotem “prática anticorrupção” na sede da empresa e em todas as unidades que continuarem funcionando.