• Quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Líder do Hamas diz que guerra em Gaza acabou

Israel e grupo palestino firmaram acordo de cessar-fogo

O líder do Hamas, Khalil Al-Hayya (esquerda na foto), afirmou que recebeu garantias dos Estados Unidos, dos mediadores árabes e da Turquia, de que a guerra em Gaza acabou. "Hoje, anunciamos que o acordo foi alcançado para pôr fim à guerra e à agressão contra o nosso povo e iniciar a implementação de um cessar-fogo permanente e a retirada das forças de ocupação", disse Khalil Al Hayya, num discurso televisivo esta quinta-feira. Al Hayya acrescentou que 250 palestinos condenados à prisão perpétua serão libertados como parte do acordo, além de 1.700 prisioneiros de Gaza que foram detidos após 7 de outubro. O grupo confirmou o fim da guerra, marcando o início de um cessar-fogo permanente. O acordo inclui ainda a abertura da passagem de Rafah em ambas as direções e prevê a libertação, por Israel, de todas as mulheres e crianças palestinas detidas. Osama Hamdan, outro líder do grupo, afirmou que os palestinos não aceitam o desarmamento e que precisam de armas e de resistência. Esta era uma das condições de Israel para o cessar-fogo. Israel anunciou durante o dia que "todos os partidos" assinaram a primeira fase do acordo em Gaza.

A votação de Israel

Autoridades israelenses já garantiram que o acordo entrará em vigor assim que for aprovado pelo governo liderado por Benjamin Netanyahu. A decisão é aguardada para as próximas horas. De acordo com uma cópia do documento, obtida pela norte-americana CNN, a resolução que as autoridades de Israel irão votar, inclui vários pontos. Primeiro, no prazo de 24 horas após a aprovação do plano pelo governo, as forças militares israelenses irão se posicionar ao longo da Linha Amarela, a linha inicial proposta para a retirada israelense em Gaza. No prazo de 72 horas após a retirada das tropas, 20 reféns israelenses vivos e 28 reféns falecidos — incluindo quatro reféns não israelenses falecidos — serão libertados do cativeiro em Gaza. A resolução descreve que o calendário de libertação dos reféns será "determinado com uma consideração cuidadosa para evitar colocar as suas vidas em risco ou atrasar a sua libertação, dadas as circunstâncias e condições únicas dos reféns". Se os corpos dos reféns mortos não forem todos libertados, será invocado um apêndice confidencial com "condições adicionais", estipula a resolução. Por sua vez, Israel iniciará a libertação de prisioneiros e detidos palestinos sob custódia do Serviço Prisional de Israel ou das Forças de Defesa de Israel. Isto inclui 250 prisioneiros a cumprir penas perpétuas, que serão libertados mediante o acordo de expulsão para Gaza ou para o estrangeiro e de não regressarem a Israel. Israel vai também libertar 1.700 residentes de Gaza e 22 menores, todos eles não envolvidos nos ataques de 7 de Outubro, mas detidos posteriormente. Os corpos de 360 ​​pessoas que Israel designou como "terroristas" também serão devolvidos. O presidente norte-americano, Donald Trump, um dos principais arquitetos do cessar-fogo, já afirmou que os reféns ainda na posse do Hamas deverão ser libertados "segunda ou terça-feira". Donald Trump deverá deslocar-se ao Egito e a Israel nos próximos dias. A previsão é que a visita ocorra no domingo. * com agências * É proibida a reprodução deste conteúdo Relacionadas
Crianças palestinas celebram em Deir al-Balah, centro de Gaza 
 9/10/2025   REUTERS/Dawoud Abu Alkas
Israel e Gaza celebram após anúncio de cessar-fogo
Por: Redação

Artigos Relacionados: