• Sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Do prato ao cérebro: como o ovo ajuda a frear o apetite

Nutricionista explica como nutrientes do ovo estimulam hormônios que controlam o apetite e prolongam a saciedade.

Nutricionista explica como nutrientes do ovo estimulam hormônios que controlam o apetite e prolongam a saciedade. O ovo, alimento versátil e acessível, vem se consolidando como um dos protagonistas da dieta brasileira. Rico em proteínas de alta qualidade, gorduras saudáveis, vitaminas e minerais, ele ajuda a controlar o apetite, manter o equilíbrio metabólico e preservar a massa muscular — benefícios que têm respaldo científico e explicação na fisiologia do corpo humano. “Além de nutritivo, o ovo é um alimento estratégico para quem busca manter uma boa alimentação e controlar o apetite de forma natural”, afirma  Lúcia Endriukaite, nutricionista e pesquisadora do Instituto Ovos Brasil.
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    Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) indicam que o consumo per capita deve atingir 272 unidades por habitante em 2025, um aumento de 1% em relação ao ano anterior. “Vivemos um movimento crescente de valorização das proteínas, e o ovo representa uma alternativa natural e economicamente viável”, complementa  André Carvalho, diretor de inovação e marketing da Mantiqueira Brasil. “Além do valor nutricional, ele promove saciedade devido ao alto teor de proteínas e gorduras saudáveis, auxiliando no controle do apetite e na qualidade da alimentação.” window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Como o cérebro regula a saciedade A sensação de fome e saciedade é controlada por um complexo sistema envolvendo nervos, neurotransmissores e hormônios, todos coordenados pelo hipotálamo — região do cérebro responsável por regular o apetite. “Quando ingerimos alimentos ricos em proteínas e gorduras, como o ovo, hormônios específicos atuam para equilibrar a ingestão e prolongar a sensação de satisfação”, explica Lúcia Endriukaite. Entre eles, a grelina é produzida no estômago vazio e estimula a fome; sua produção diminui após a refeição. A colecistocinina (CCK), liberada na presença de proteínas e gorduras, contrai a vesícula biliar e o pâncreas, libera sais biliares e auxilia no controle da saciedade e da glicose. O peptídeo YY (PYY) reduz a motilidade intestinal, enquanto as incretinas GIP e GLP-1 retardam o esvaziamento gástrico, regulam a glicemia e ampliam a sensação de satisfação. Evidências científicas Estudos confirmam a ação do ovo no controle do apetite. Pesquisa de Missimer e colaboradores mostrou que consumir dois ovos no café da manhã, em comparação à aveia, reduziu os níveis de grelina e aumentou a saciedade, sem alterar negativamente os biomarcadores cardiovasculares. Outro estudo, com pessoas com sobrepeso, comparou ovos e bagels na primeira refeição do dia e constatou maior saciedade e menor ingestão calórica no grupo que consumiu ovos. Até no almoço, os efeitos foram semelhantes: quem comeu omelete relatou mais satisfação e menos desejo de comer do que aqueles que consumiram batatas. Preservação da massa magra O consumo regular de ovos também contribui para a manutenção da massa magra. Trata-se de uma fonte de proteínas com todos os aminoácidos essenciais, de fácil digestibilidade e aproveitamento pelo corpo. “Uma porção de dois ovos fornece cerca de 13 gramas de proteína de alta qualidade, ajudando a preservar a massa muscular”, diz Lúcia. Com base científica sólida, baixo custo e versatilidade no preparo, o ovo deixa de ser coadjuvante e assume papel central na mesa do brasileiro — como aliado da saúde, do controle de peso e da boa forma. Consumo de ovos no Brasil – 272 unidades per capita: projeção para 2025 (ABPA)
    – 1% de aumento em relação a 2024
    – Entre os alimentos mais acessíveis em proteína de alta qualidade
    – Fonte de vitaminas A, D, E e do complexo B Fontes 1. Hall, John E. Tratado de Fisiologia Médica. 13ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
    2. Bodnaruc AM, Prud’homme D, Blanchet R, Giroux I. Nutritional modulation of endogenous glucagon-like peptide-1 secretion: a review. Nutr Metab (Lond). 2016 Dec 9;13:92. doi:10.1186/s12986-016-0153-3.
    3. Missimer A, DiMarco DM, Andersen CJ, Murillo AG, Vergara-Jimenez M, Fernandez ML. Consuming Two Eggs per Day, as Compared to an Oatmeal Breakfast, Decreases Plasma Ghrelin while Maintaining the LDL/HDL Ratio. Nutrients. 2017 Jan 29;9(2):89.
    4. Vander Wal JS, Marth JM, Khosla P, Jen KL, Dhurandhar NV. Short-term effect of eggs on satiety in overweight and obese subjects. J Am Coll Nutr. 2005 Dec;24(6):510-5.
    5. Pombo-Rodrigues S, Calame W, Re R. The effects of consuming eggs for lunch on satiety and subsequent food intake. Int J Food Sci Nutr. 2011 Sep;62(6):593-9.
    6. Fuller NR, Caterson ID, Sainsbury A, Denyer G, Fong M, Gerofi J, Baqleh K, Williams KH, Lau NS, Markovic TP. The effect of a high-egg diet on cardiovascular risk factors in people with type 2 diabetes: the Diabetes and Egg (DIABEGG) study. Am J Clin Nutr. 2015 Apr;101(4):705-13. VEJA TAMBÉM:
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  • ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
    Por: Redação

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