Conheça o fazendeiro que ajudou a criar a escola que formou os maiores nomes do agro brasileiroOs animais, ainda sem instinto de defesa e com pouco tempo de vida, se tornam presas fáceis. O rebanho de Manoel soma cerca de 600 cabeças e a invasão dos carcarás é constante, com centenas de aves sobrevoando e pousando na propriedade em busca de alimento. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Segundo a bióloga Suélen Tavares, a presença aumentou nos últimos meses devido à preparação do solo para o replantio de capim, que atrai insetos e pequenos animais, servindo de isca para os predadores. Além de bezerros, eles também atacam aves domésticas e até se alimentam de restos vegetais encontrados no pasto. Ataques também no Paraguai O problema não é exclusivo do Nordeste brasileiro. No Paraguai, o produtor Antônio Nogueira enfrenta uma infestação de carcarás que atacam bezerros logo após o parto, muitas vezes levando à morte dos animais, conforme vídeo divulgado pelo Giro do Boi, do Canal Rural. A situação se agravou devido à alta concentração de nascimentos em curto período, consequência do uso de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). Esse cenário provoca acúmulo de restos de parto, sangue e umbigo no pasto, conhecidos como fômites, que atraem urubus e carcarás. Normalmente, os urubus chegam primeiro, e os carcarás aproveitam para atacar, principalmente os filhotes de novilhas inexperientes.
Carcarás atacam bezerros e preocupam pecuaristas da América do Sul
Predadores oportunistas aproveitam vulnerabilidade de animais recém-nascidos; especialistas orientam medidas de prevenção para reduzir perdas com ataque dos Carcarás
Predadores oportunistas aproveitam vulnerabilidade de animais recém-nascidos; especialistas orientam medidas de prevenção para reduzir perdas com ataque dos Carcarás A presença do carcará, ave de rapina típica do Nordeste brasileiro e de áreas rurais sul-americanas, está tirando o sono de pecuaristas no agreste de Alagoas e também no Paraguai. Reconhecido por seu comportamento oportunista e necrófago, o carcará vem sendo responsabilizado por ataques a bezerros recém-nascidos, causando prejuízos e exigindo mudanças no manejo das fazendas. No município de Craíbas (AL), a 140 km de Maceió, o pecuarista Manoel Francisco Filho relatou que, dos 40 bezerros nascidos em um mês, quatro foram feridos na região do umbigo devido ao ataque das aves – relato que levantou grandes discussões na sua época (2010) Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
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Foto: Bruno Cecim / Ag.Pará O comportamento do carcará De acordo com o médico-veterinário Guilherme Vieira, o carcará pertence à família dos falcões, mas não é um caçador tão eficiente quanto outras aves de rapina, ainda no quadro do Giro do Boi. Suas garras são menos afiadas, e sua dieta é variada e oportunista, incluindo animais, vegetais, carniça e até comida roubada de outras aves — comportamento conhecido como cleptoparasitismo. A espécie é protegida por lei ambiental no Brasil e em outros países da região, e sua caça é considerada crime.
Medidas de prevenção recomendadas Para reduzir os ataques, especialistas sugerem mudanças no manejo, especialmente nas fazendas de cria: Separar novilhas de primeira cria em pastos maternidade próximos aos trabalhadores, para vigilância constante. Limpeza imediata do pasto, retirando restos de parto e outros materiais que possam atrair as aves. Monitorar partos para garantir que bezerros não fiquem desprotegidos nas primeiras horas de vida. Ações de manejo sanitário contínuas para diminuir os atrativos para carcarás e urubus. Impactos e necessidade de adaptação Embora a presença do carcará faça parte do equilíbrio ecológico, o aumento de sua interação com rebanhos bovinos tem gerado prejuízos diretos e indiretos aos pecuaristas. A adoção de práticas preventivas e o manejo adequado do ambiente de cria são, segundo especialistas, as alternativas mais eficientes para evitar perdas sem infringir a legislação ambiental.
Por: Redação