O ex-ministro José Dirceu (PT) disse na 6ª feira (5.dez.2025), durante o 8º Congresso Nacional do PT, em Brasília, que “sente” e tem “a intuição” que o Brasil terá “um momento revolucionário”.
“Tenho a intuição que o Brasil vai viver um momento revolucionário. Agora a questão é saber se estamos à altura desse momento. Vamos ser capazes, nesse congresso, de dotar nosso partido de um estatuto, de uma organização para enfrentar o desafio?”, disse.
O petista afirmou que o desafio seria enfrentar uma possível intervenção norte-americana na soberania nacional. “O desafio não é só o que representaria o golpe triunfante do Bolsonaro em 2022 e a repressão que viria. Não, o desafio é uma possibilidade dos americanos quererem impor a vontade deles sobre nós. E nós sabemos o que vai acontecer se perdermos a eleição para a direita brasileira”, disse.
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“Então a reforma da estrutura do partido, a nossa mudança e a leitura do momento eleitoral e da conjuntura e a redefinição do nosso programa diz respeito à sobrevivência do Brasil e de sua soberania. E da própria democracia e da possibilidade de o povo brasileiro fazer realmente uma revolução no Brasil.”
Segundo Dirceu, a revolução conta com a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com impedir a “degradação” do Congresso Nacional.
“A responsabilidade não é só reeleger o Lula e derrotar de novo a extrema direita no Brasil, mas também fazer aquilo que a elite brasileira renunciou: defender a soberania e a democracia e fazer uma revolução social no país e frear a degradação do Congresso Nacional”, disse.
O ex-ministro fez uma convocação para um ato neste domingo (7.dez), às 10h, em Brasília (DF), em defesa das mulheres e contra o feminicídio. A ação é organizada pelo movimento Levante Mulheres Vivas, em diversas capitais brasileiras. Em Brasília, a manifestação será na Torre de TV.
Na 6ª feira (5.dez), Dirceu fez uma publicação sobre o tema no Instagram e aproveitou para criticar o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O petista disse que a Polícia Militar do Estado não fará a segurança do ato em São Paulo e responsabilizou Tarcísio por isso.
Na cidade de São Paulo, o ato será às 14h, na avenida Paulista.
“Mesmo diante da falta de sinalização do governo Tarcísio sobre garantir proteção adequada às manifestações, seguimos firmes e indo à luta. É a nossa presença na rua que irá enfrentar esse bolsonarismo”, escreveu José Dirceu.
Em vídeo, Dirceu também disse que o governador de São Paulo “reafirma o machismo próprio do bolsonarismo e o desrespeito à mulher brasileira”. Declarou ainda que “Tarcísio de Freitas e o bolsonarismo não estão ao lado da mulher brasileira”.
