• Sábado, 13 de setembro de 2025

Descubra a carne subestimada pelos brasileiros e mais nutritiva e barata que o bife

Mais nutritiva e barata que o bife, a língua de boi segue subestimada por preconceitos e falta de informação

Mais nutritiva e barata que o bife, a língua de boi segue subestimada por preconceitos e falta de informação Na rotina do brasileiro, o bife de boi ocupa um lugar quase intocável. É o corte que se tornou sinônimo de carne vermelha, símbolo de tradição e presença obrigatória no prato. Mas, em meio à variedade de cortes bovinos disponíveis, há um tesouro pouco aproveitado: a língua de boi. Apesar do preço acessível e do seu alto valor nutricional, ela ainda enfrenta barreiras culturais, sendo injustamente vista como carne de segunda. O curioso é que, do ponto de vista técnico, essa percepção não encontra respaldo: a língua pode superar bifes tradicionais em densidade nutricional, entregando mais proteínas de qualidade, ferro e vitaminas essenciais.
  • Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
  • Frigorífico móvel revoluciona a pecuária em um dos maiores produtores de carne do mundo; vídeo
    Por que a língua de boi é deixada de lado? O consumo da língua bovina esbarra principalmente em preconceitos e no desconhecimento sobre seu preparo. Enquanto regiões com tradição culinária a utilizam em ensopados, caldos e até pratos gourmet, em boa parte do país ela permanece subestimada. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Esse afastamento tem custo: o brasileiro paga caro por bifes considerados nobres, mas ignora um corte mais barato, suculento e rico em nutrientes. Descubra a carne subestimada pelos brasileiros e mais nutritiva e barata que o bife
    Foto: Divulgação
    Valor nutricional: proteínas de alto nível A língua de boi é composta por cerca de 70% de água, o que explica sua maciez, mas o destaque real está na proteína.
  • Proteínas completas: reúne todos os aminoácidos essenciais, fundamentais para manutenção muscular e reparo de tecidos.
  • Gorduras equilibradas: combina frações saturadas e monoinsaturadas, perfil semelhante a cortes bovinos de prestígio.
  • Energia limpa: não contém carboidratos, sendo fonte de energia praticamente exclusiva de proteínas e gorduras.
  • Relatos técnicos a classificam como proteína de alto valor biológico, colocando-a no mesmo patamar de cortes premium. Vitaminas e minerais estratégicos O diferencial da língua também está nos micronutrientes:
  • Minerais: ferro, zinco, fósforo, magnésio, potássio e selênio, aliados ao transporte de oxigênio, imunidade e equilíbrio metabólico.
  • Vitaminas: destaque para o complexo B (B12, B1, B2, B3 e B6), essenciais para energia e função neurológica.
  • Traços de vitamina A, D e E completam o pacote.
  • Em resumo: um alimento que pode enriquecer a dieta de forma prática e acessível. Estudos científicos reforçam o potencial Uma publicação do Journal of Food Composition and Analysis foi categórica: “A língua de boi tem potencial para se tornar um produto de alta qualidade e melhorar o consumo de proteínas, gorduras e nutrientes.” Ainda que faltem pesquisas comparativas mais amplas, a evidência atual já coloca a língua em posição de destaque quando o assunto é densidade nutricional. O preparo faz diferença
    Foto: Divulgação
    A forma de cozinhar influencia diretamente o resultado nutricional:
  • Métodos úmidos (cozida em caldo, com legumes e ervas) preservam proteínas e reduzem adição de gordura.
  • Frituras e molhos pesados, por outro lado, aumentam calorias e colesterol.
  • Ou seja, a língua pode ser um corte leve e saudável, desde que preparada com equilíbrio. Preço acessível, consumo restrito Mesmo mais barata que cortes nobres, a língua de boi segue limitada a nichos de consumo. O motivo não está na qualidade, mas no preconceito histórico e na falta de conhecimento sobre preparo da carne mais barata que o bife. Em regiões onde foi incorporada à tradição culinária, ela é vista como um corte versátil, usado tanto em pratos populares quanto sofisticados. Falta, porém, que essa valorização se espalhe pelo país. Se a língua bovina reúne preço competitivo, densidade nutricional e potencial gastronômico, não faz sentido que continue relegada ao segundo plano. A barreira que resta não está no campo nem no açougue: está no imaginário do consumidor. Produtores podem enxergar nela uma oportunidade de diversificação, agregando valor a um corte ainda pouco explorado. Já os consumidores ganham uma carne saudável, saborosa e mais barata que o bife. Escrito por Compre Rural VEJA MAIS:
  • Axial ou híbrida? Saiba escolher a colheitadeira ideal
  • Brasil embarca 111 bovinos da raça Gir Leiteiro com sucesso em avião rumo ao Equador
  • ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
    Por: Redação

    Artigos Relacionados: