O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), recusou o auxílio da PF (Polícia Federal) para investigar o assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil do Estado Ruy Ferraz Fontes. “Todo o aparato do Estado é 100% capaz de dar a pronta resposta necessária”, declarou a jornalistas na 3ª feira (17.set.2025).
Mais cedo no mesmo dia, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse à imprensa que ligou para o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) para oferecer o apoio de forças nacionais na investigação do caso. “Certamente as investigações serão bem conduzidas pela Polícia de São Paulo, com apoio, se necessário, do governo federal, das forças federais, se formos convocados para tal”, disse Lewandowski.
Ruy foi morto a tiros na 2ª feira (15.set.2025) em Praia Grande, litoral paulista. O ex-delegado foi emboscado e, depois, vítima de uma perseguição de carro. A jornalistas, durante o velório de Ruy na 3ª feira (15.set), Derrite informou que 2 suspeitos já foram identificados e terão a prisão temporária solicitada.
O secretário destacou a atuação das forças estaduais na investigação. “Nós temos diretamente envolvidos o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Os policiais estão nas ruas desde ontem, quando soubemos do assassinato. Eles não pararam de trabalhar e não vão parar de trabalhar”, disse.
Apesar disso, Derrite afirmou que, caso a PF tenha alguma informação a respeito do assassinato e quiser colaborar com as investigações, “será bem aceito”. “Todos nós estamos desprovidos de eventual vaidade, porque nós somos policiais e polícia é um órgão de estado, não de governo. E eu confio 100% no trabalho da Polícia Civil do Estado de SP”, declarou.
O assassinato pode estar relacionado à atuação de Ruy contra o PCC (Primeiro Comando da Capital) ou a seu trabalho recente na prefeitura de Praia Grande. Câmeras de segurança registraram o momento em que o veículo da vítima colidiu com um ônibus, seguido pelos disparos dos criminosos.
Assista ao momento do crime (43s):
O governador Tarcísio de Freitas determinou a criação de uma força-tarefa para identificar os responsáveis pelo crime. Em nota ao jornal Folha de S. Paulo, o político afirmou que o Estado trabalha para que os responsáveis pela execução sejam “exemplarmente punidos pela Justiça, com todo o rigor da lei”.