• Sexta-feira, 6 de junho de 2025

Boi gordo segue subindo e ultrapassa R$ 310/@ em importante praça; veja cotações

Alta sustentada pela exportação e escassez de boi jovem anima mercado e preços do boi gordo continua subindo pelo país, cenário esse que deve permanecer

Alta sustentada pela exportação e escassez de boi jovem anima mercado e preços do boi gordo continua subindo pelo país, cenário esse que deve permanecer ao longo dessa primeira quinzena de junho O mercado físico do boi gordo iniciou o mês de junho com retomada de fôlego e valorização consistente em importantes praças pecuárias do Brasil. Nesta terça-feira (3/6), a arroba superou a marca simbólica dos R$ 310 em São Paulo, reflexo de escalas de abate mais curtas, boa demanda internacional e oferta restrita de animais jovens, segundo analistas. De acordo com Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, a principal dificuldade enfrentada pelos frigoríficos é encontrar bois jovens prontos para o abate, cenário que contribui diretamente para a elevação dos preços.
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    “A oferta de fêmeas, especialmente vacas gordas, ainda existe em diversas regiões, mas é o apetite das exportações que vem sustentando essa reação no mercado”, explica Iglesias. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Cotações do boi gordo atualizadas: São Paulo lidera valorização Segundo os dados mais recentes da Safras & Mercado, os preços a prazo da arroba do boi gordo ficaram assim:
  • São Paulo: R$ 310,92 (ante R$ 308,75 no dia anterior)
  • Mato Grosso do Sul: R$ 306,14
  • Mato Grosso: R$ 302,84
  • Minas Gerais: R$ 293,82
  • Goiás: R$ 291,43
  • A Scot Consultoria também apontou avanço nos preços na capital paulista. O boi “comum” subiu para R$ 305/@, enquanto o “boi-China”, com padrão de exportação, alcançou R$ 308/@. Para as fêmeas, a valorização foi de R$ 2/@, cotadas entre R$ 277/@ e R$ 290/@. Exportações impulsionam a recuperação As vendas externas seguem como motor de sustentação dos preços no mercado interno. Iglesias observa que o desempenho dos embarques está “extremamente positivo”, projetando inclusive um possível recorde histórico de exportações brasileiras de carne bovina em 2025. Atacado firme, mas varejo ainda cauteloso Apesar da recuperação nos preços do boi gordo, o mercado atacadista mantém estabilidade, com leve expectativa de reação nos próximos dias. A entrada dos salários pode estimular a reposição entre atacado e varejo, mas a recente queda nos preços do frango ainda não refletiu de forma expressiva nas gôndolas dos supermercados. Os cortes bovinos seguem com os seguintes valores médios no atacado:
  • Quarto traseiro: R$ 23,00/kg
  • Quarto dianteiro: R$ 18,50/kg
  • Ponta de agulha: R$ 18,00/kg
  • Perspectivas e cautela são necessários no mercado do boi Ainda que o mercado venha reagindo, a chegada do gado confinado nos próximos dias pode pressionar novamente os preços, como alertam analistas da Scot. No entanto, enquanto a demanda externa se mantiver aquecida e a oferta de bois jovens continuar restrita, o cenário segue favorável ao produtor. A movimentação do câmbio também influencia a competitividade brasileira no mercado global. O dólar encerrou o dia em R$ 5,6367, após uma queda de 0,64%. Resumo:
  • São Paulo ultrapassa R$ 310/@, impulsionado por exportações e oferta limitada.
  • Mercado segue otimista, mas cauteloso com possível pressão de gado confinado.
  • Demanda internacional deve seguir como fator-chave nas próximas semanas.
  • Para o pecuarista, a recomendação é monitorar as escalas, o comportamento do atacado e, principalmente, o fluxo das exportações para entender os próximos passos do mercado.
    Por: Redação

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