O Brasil registrou 4.233.191 hectares queimados de 1º de janeiro a 31 de agosto de 2025, segundo dados do MapBiomas. Houve uma redução de cerca de 66% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o fogo atingiu 12 milhões de hectares nos 8 primeiros meses de 2024.
Segundo o MapBiomas, o bioma mais afetado em agosto foi o Cerrado, com 1.272.321 hectares queimados. Seguem-se Amazônia (401.837), Mata Atlântica (62.234), Caatinga (37.330), Pantanal (7.137) e Pampa (1.202). Leia a íntegra do relatório (PDF – 3 MB).
O Brasil está na temporada de incêndios –que costuma ir de junho a outubro, com maior incidência de fogo nos meses de agosto e setembro.
A área queimada apenas no mês de agosto foi de 1.782.061 hectares. A maior parte foi registrada no Tocantins: 401.607 hectares. O Estado é seguido por Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Goiás e Amazonas.
O Brasil registrou 18.451 focos de incêndio em agosto de 2025. Houve redução de 73,1% em relação ao mesmo mês de 2024, quando o país teve 68.635 ocorrências do tipo. Os dados são do sistema BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
De janeiro a agosto de 2025, foram registrados 47.531 focos de incêndio no Brasil. Uma redução de 62,6% em relação às 127.051 ocorrências do tipo verificadas no mesmo período de 2024.
O Brasil perdeu, em média, 2,9 milhões de hectares de áreas naturais por ano, de 1985 a 2024, totalizando uma redução de 111,7 milhões de hectares. Essa área é maior que a Bolívia, país com cerca de 109,9 milhões de hectares.
Os dados são da nova coleção do projeto MapBiomas, lançada em 13 de agosto. Eis a íntegra do comunicado (PDF – 2 MB).
O levantamento mostra um cenário de profundas transformações, com impactos significativos nas áreas naturais e na expansão da agropecuária. A edição deste ano também inclui uma nova categoria: o mapeamento de usinas fotovoltaicas, que se expandiu pelo país de 2015 a 2024, com 62% da área mapeada no país concentrada na Caatinga.
O percentual de municípios que têm a agropecuária como atividade que ocupa a maior parte de seu território subiu de 47% em 1985 para 59% em 2024. Pastagem e agricultura foram os usos da terra que mais se expandiram. A área ocupada com pastagem cresceu 68% (62,7 milhões de hectares) e a agricultura, 236% (44 milhões de hectares).
Leia mais: