• Quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Adversários e até aliado de Bolsonaro resgatam “In Fux we trust”

Frase dita por Sergio Moro sobre ministro do STF toma as redes sociais; até Deltan Dallagnol fez referência.

A “In Fux we trust” tomou as redes sociais nesta 4ª feira (10.set.2025) com o voto de Luiz Fux pela anulação do processo em que Jair Bolsonaro (PL) é acusado de tentar dar um golpe de Estado. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) divergiu do relator Alexandre de Moraes e do colega Flávio Dino, que haviam votado pela condenação do ex-presidente e de outros 7 réus.  Ainda faltam votar na 1ª Turma Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

A frase foi usada pelo então juiz Sergio Moro em uma conversa por mensagem com o procurador Deltan Dallagnol em 2016. A dupla falava sobre o apoio à Lava Jato no STF e comemorava o alinhamento de Fux à operação. O diálogo veio à tona em 2019 por meio da Vaza Jato. As trocas de mensagens foram usadas depois para anular uma série de processos judiciais.  Moro virou ministro de Bolsonaro e depois senador pelo União Brasil do Paraná. Dallagnol virou deputado federal pelo Podemos do Paraná, mas teve o mandato cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

 

Ao chegar ao STF nesta 4ª feira (10.set.2025) para acompanhar o julgamento de Bolsonaro, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) lembrou da fraseIn Fux we trust”. “Alguém falou ‘em Fux a gente confia’, e não fomos nós”, afirmou a congressista.

Assista (1min28s):

O deputado Rogério Correia (PT-MG), que estava ao lado de Rosário, publicou em suas redes: “Será que esta frase é um dogma que vai valer sempre para o ministro?”.

O próprio Dallagnol recorreu à frase de Moro em suas redes. O ex-procurador é apoiador de Bolsonaro e crítico do STF.

Fux pediu a anulação do processo de Bolsonaro dizendo que ele não deveria ser realizado no STF, e sim em 1ª Instância, porque os réus não têm mais foro privilegiado.

Em 2012, no julgamento do mensalão, Fux votou a favor da manutenção do foro privilegiado dos réus, cuja maioria era do PT. Defendeu que os acusados permanecessem sendo julgados no STF, onde acabaram depois condenados.

Por: Poder360

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