A emitiu, nesta sexta-feira (7/11), um mandado de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e 36 altos funcionários do governo e das Forças Armadas do país, sob a acusação de genocídio e crimes contra a humanidade.
Segundo o comunicado do órgão, as ordens judiciais foram expedidas com base nos artigos 76 e 77 do Código Penal turco. Entre os nomes citados, estão o ministro da Defesa, Israel Katz; o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir; o chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir; e o comandante da Marinha israelense, David Saar Salama.
“Como resultado do genocídio e dos crimes contra a humanidade que Israel comete sistematicamente na, milhares de pessoas, incluindo mulheres e crianças, morreram, milhares ficaram feridas e áreas residenciais foram destruídas”, diz o documento.
As acusações se baseiam, em parte, nas ações de Israel contra os navios da flotilha Sumud, interceptados em outubro enquanto tentavam levar ajuda humanitária a Gaza. As vítimas, detidas e posteriormente deportadas para a Turquia, prestaram depoimentos às autoridades e foram submetidas a exames forenses no Instituto de Medicina Legal de Istambul.
A investigação também determinou que a polícia e a Organização Nacional de Inteligência turca reunissem novas provas contra os responsáveis pelo episódio.

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1 de 4 Pablo Blazquez Dominguez/Getty Images
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2 de 4 O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursa na Assembleia Geral das Nações Unidas (UNGA) na sede das Nações Unidas Michael M. Santiago/Getty Images
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3 de 4 O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu Taylor Hill/Getty Images
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4 de 4 O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu Reprodução/ONU
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Cessar-fogo “muito frágil”
Ainda nesta sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, , afirmou que o cessar-fogo entre Israel e o Hamas segue “muito frágil” e que a ajuda humanitária prometida ainda não chegou integralmente à Faixa de Gaza.
, disse Fidan em coletiva de imprensa em Ancara. “O lado palestino está cumprindo as condições do acordo com grande responsabilidade.”
O chanceler também voltou a acusar Israel de violar o cessar-fogo ao realizar novos ataques e defendeu que o Conselho de Segurança da ONU discuta o envio de uma força internacional de estabilização para garantir o cumprimento da trégua.
A Turquia, que tenta se firmar como mediadora no conflito, realizou no início da semana uma reunião em Istambul com diplomatas de países árabes e parceiros internacionais para debater o tema.
Relações rompidas
As tensões entre Ancara e Tel Aviv vêm se agravando desde o início da ofensiva israelense em Gaza. Em agosto, a Turquia suspendeu completamente as relações comerciais e logísticas com Israel.
“Não permitimos que navios turcos entrem nos portos israelenses, nem que aviões israelenses utilizem nosso espaço aéreo. Nenhum outro país rompeu de forma tão completa os laços com Israel”, declarou Fidan à época.