O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), prometeu na 6ª feira (15.ago.2025) punições rigorosas aos envolvidos no esquema de fraudes no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), descoberto dentro da Secretaria da Fazenda estadual.
“Agora é partir para punição rigorosa dos agentes em todas as esferas, na esfera administrativa, na esfera cível, na esfera penal. E partir para cima dos bens daqueles que lesionaram o Estado de São Paulo, para que isso não passe impune”, declarou o governador a jornalistas, segundo o jornal Valor Econômico. “Então, eles vão sentir a mão pesada do Estado para servir de exemplo”.
As declarações de Tarcísio foram dadas durante compromisso em Sorocaba (SP).
O esquema de corrupção envolvia a cobrança de propinas por auditores fiscais para acelerar a emissão de créditos tributários para grandes empresas. As investigações indicam que os servidores movimentaram cerca de R$ 1 bilhão de forma ilegal por meio desse mecanismo.
Tarcísio afirmou que as irregularidades começaram em 2021, antes de sua gestão, que teve início em janeiro de 2023.
Em outro momento, Tarcísio afirmou: “Esses caras vão sentir a mão pesada do Estado porque vagabundo tem que ser tratado com rigor e é isso o que vai acontecer”.
O caso veio à tona na 3ª feira (12.ago) com a deflagração da Operação Ícaro, conduzida pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo).
A ação resultou na prisão de 2 funcionários da Secretaria da Fazenda e dos empresários Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, e Mário Otávio Gomes, diretor da Fast Shop. Ambos foram liberados na 6ª feira (15.ago).
Os principais alvos foram os auditores fiscais envolvidos no esquema e empresários que teriam pago propina para obter vantagens fiscais.
Além da Ultrafarma e Fast Shop, outras empresas de varejo e de serviços também foram mencionadas na investigação do MP-SP.