• Terça-feira, 1 de julho de 2025

Sob pressão em Brasília, Haddad inicia giro focado no exterior

O ministro da Fazenda faz giro na Argentina e no Rio de Janeiro para participar de reuniões do Mercosul e cúpula dos Brics, respectivamente

O ministro da Fazenda, , ficará afastado das movimentações em Brasília nos próximos dias para participar do Conselho do Mercado Comum do Mercosul, em Buenos Aires, capital da Argentina. A viagem do ministro ocorre em meio à escalada da tensão entre Executivo e Legislativo, agravada nos últimos dias com . Haddad embarca para Buenos Aires às 14h desta terça-feira (1º/7), com chegada prevista às 17h (horário de Brasília. A expectativa é que o principal tema do encontro dos ministros de Economia e presidentes de bancos centrais do países-membros do seja a passagem de presidência rotativa do bloco da Argentina para o Brasil. Entenda o que é o Mercosul O Mercosul é um bloco político e econômico da América do Sul, que visa fazer a integração regional entre os seus membros. Um dos principais objetivos é avançar o livre comércio, tanto de bens, como de serviços e outros setores produtivos. O Mercosul é composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A Bolívia está no processo de integração, que pode levar até quatro anos para estabelecer a sua entrada no bloco. Além dos países membros, o Mercosul possui aquelas nações associadas, como Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Panamá, Peru e Suriname. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, entre janeiro e maio de 2025, o intercâmbio realizado entre os membros do Mercosul foi de R$ 17,5 bilhões. O Brasil assume agora a presidência do bloco e tem como propósito alavancar o comércio no setor automotivo e açucareiro. O auxiliar do presidente também deve avançar . Interlocutores consideram a reunião como “decisiva” para consolidação do tratado comercial. 9 imagens Lula e o ministro da Fazenda, Fernando HaddadMinistro da Fazenda, Fernando HaddadMinistro Fernando HaddadReunião conjunta entre as comissões de Finanças e Tributação, Fiscalização Financeira e Controle
Fechar modal. 1 de 9 KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo 2 de 9 Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo 3 de 9 Ministro da Fazenda, Fernando Haddad KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo 4 de 9 Ministro Fernando Haddad Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto 5 de 9 Reunião conjunta entre as comissões de Finanças e Tributação, Fiscalização Financeira e Controle Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto 6 de 9 Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto 7 de 9 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto 8 de 9 Haddad e Alcolumbre VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto 9 de 9 Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista a jornalistas VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto Nesta quarta-feira (2/7), Haddad terá uma reunião bilateral com o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo. Às 14h30, ele retorna ao Brasil, mas para o Rio de Janeiro, onde participa da cúpula dos Brics. Leia também Já no Rio de Janeiro, o ministro terá uma série de reuniões bilaterais com autoridades de países como China, Rússia, Egito e Emirados Árabes Unidos. Entre os possíveis temas na mesa de debates, estão o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), também conhecido como “banco dos Brics”, e a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém, capital do Pará. Relação entre Congresso e Planalto fica estremecida As últimas propostas da equipe econômica não têm agradado o Congresso Nacional. A elevação das alíquotas do IOF foi um dos pontos de maior atrito entre o governo federal e os parlamentares. No início das negociações entre Planalto e Congresso, os presidentes das Casas chegaram a sinalizar apoio às alternativas para reverter parte do aumento do IOF. No entanto, dias depois, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), mudou a postura e começou a se opor às propostas do Executivo. Já enfraquecido, o decreto do IOF não vingou e foi derrubado por um decreto legislativo na semana passada. A Advocacia-Geral da União (AGU) deve judicializar a questão do IOF e arrisca piorar a relação entre os dois poderes. Agora, a equipe econômica do presidente Lula precisa decidir se faz novos congelamentos no orçamento ou apresenta outras estratégias, como medidas relacionadas à arrecadação, ao corte de gastos, ou ambos – aos parlamentares. Na tentativa de cumprir a meta fiscal do lado das despesas, o governo federal anunciou, em 22 de maio, o congelamento de R$ 31,3 bilhões, sendo R$ 10,6 bilhões em bloqueio e R$ 20,7 bilhões em contingenciamento. A equipe econômica deve informar se fará novos cortes no Orçamento da União (bloqueios ou contingenciamentos) em 22 de julho, quando tradicionalmente é divulgado o relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas. A meta fiscal deste ano é de déficit zero (equilíbrio entre despesas e receitas), com intervalo de tolerância que permite saldo negativo de até R$ 31 bilhões. Isso porque o arcabouço fiscal permite um rombo de até 0,25% do PIB. Confira a agenda de Haddad — Terça-feira (1º/7) 14h – partida de Brasília; 17h – chegada a Buenos Aires. — Quarta-feira (2/7) Local: Palácio San Martín 8h30 até 9h55 – reunião de Ministros de Economia e Presidentes de Bancos Centrais dos Estados Partes do Mercosul; 10h30 até 11h – reunião bilateral com Ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo; e 14h30 – partida de Buenos Aires ao Rio de Janeiro. — Quinta-feira (3/7) Local: Hotel Fairmont Copacabana 15h até 16h – reunião bilateral com ministro das Finanças da China, Lan Fo’an; e 17h até 18h – reunião bilateral com ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov. — Sexta-feira (4/7) Local: Hotel Fairmont Copacabana 9h40 até 13h – seminário de alto nível do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB); 13h até 14h – almoço dos governadores do “Banco dos Brics”; e 19h até 20h – jantar oferecido pela Prefeitura do Rio de Janeiro. — Sábado (5/7) Local: Hotel Fairmont Copacabana 8h30 até 9h – reunião bilateral com ministro das Finanças do Egito, Ahmed Kouchouk; 9h até 12h30 – 10ª Reunião Anual do Board de Governadores do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB); 12h30 até 13h30 – almoço dos governadores do NDB; 13h30 até 14h – reunião bilateral com ministro das Finanças dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed bin Hadi Al Hussaini; e 14h até 18h – reunião de ministro das finanças e governadores de Bancos Centrais dos Brics. — Domingo (6/7) e Segunda (7/7) Local: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) Integra comitiva do presidente da República, na cúpula de líderes dos Brics.
Por: Metrópoles

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