O governo federal vai aumentar o imposto de importação para carros elétricos e híbridos no Brasil a partir desta 3ª feira (1º.jul.2025). As alíquotas passam a variar de 25% a 30%, conforme cronograma estabelecido em novembro de 2023 pelo Comitê Executivo de Gestão da Camex (Câmara de Comércio Exterior) e divulgado pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
A medida visa ao fortalecimento e à competitividade dos veículos fabricados em território nacional. Segundo informações do g1, o plano de elevação gradual das taxas continuará até julho de 2026, quando todos os tipos de veículos eletrificados terão alíquota de 35%.
Os dados do setor automotivo mostram que o Brasil registrou 187 mil veículos importados emplacados de janeiro a maio de 2025, número 19,3% superior aos 156 mil registrados no mesmo período de 2024. Segundo a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), as marcas chinesas detêm 55,9% do mercado de carros eletrificados no país.
Para contornar as novas alíquotas, várias montadoras estrangeiras investem em produção local. A BYD comprou a antiga fábrica da Ford em Camaçari (BA), mas enfrentou atrasos no cronograma original que previa início das operações no último trimestre de 2024. Problemas como denúncias de condições análogas à escravidão envolvendo trabalhadores chineses e a contratação de nova empresa para finalizar as obras contribuíram para o adiamento.
A GWM utiliza as antigas instalações da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP) e planeja iniciar a pré-produção “ainda em julho”, conforme informações da própria empresa. A Caoa Chery já fabrica alguns SUVs da linha Tiggo em Anápolis (GO) e pretende usar também uma unidade em Jacareí (SP) para produzir outros modelos do grupo ainda em 2025, incluindo as marcas Omoda e Jaecoo.
A GAC Motors negocia a construção de uma fábrica em Catalão (GO). A Geely, que importou o primeiro lote do SUV elétrico EX5 pelo porto de Paranaguá (PR), estuda estabelecer uma planta em São José dos Pinhais (PR), em parceria com a Renault.