Pressionado por sucessivas derrotas no Parlamento e pela queda do primeiro-ministro François Bayrou, a escolha reforça a confiança do presidente em um aliado de longa data, mas também amplia a responsabilidade de Lecornu diante de um país mergulhado em crise política.
Em comunicado, o afirmou que o novo premiê foi instruído a “consultar as forças políticas representadas no Parlamento” com o objetivo de garantir acordos que viabilizem a aprovação do orçamento de 2026 e a estabilidade institucional.
A tarefa, no entanto, é complexa: a Assembleia Nacional segue fragmentada, e o governo minoritário de Macron tem enfrentado resistência crescente.
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Quem é Sébastien Lecornu
O político conservador de 39 anos ocupa cargos de destaque no governo francês desde 2017. , tendo sido o único ministro a permanecer no Executivo desde a primeira eleição do presidente.
Sua lealdade remonta à campanha presidencial de Emmanuel Macron, em 2017, quando foi um dos primeiros a apoiá-lo. Desde então, atravessou remodelações ministeriais e até mesmo uma eleição antecipada sem perder espaço, o que lhe garantiu influência direta junto ao presidente.
À frente do Ministério das Forças Armadas, Lecornu esteve no centro das decisões estratégicas de defesa e segurança do país, além de ter participado ativamente das discussões sobre a guerra na Ucrânia e o papel da França na União Europeia e na Otan.
Desafios à frente
A nomeação de Lecornu reflete a decisão do presidente francês de manter uma linha econômica pró-mercado, marcada pela redução de impostos para empresas e mais ricos, além da polêmica reforma da Previdência que elevou a idade de aposentadoria. O
Seu primeiro grande teste será político e social. Ele terá de negociar um consenso para aprovar um orçamento que prevê cortes de 44 bilhões de euros e, ao mesmo tempo, lidar com protestos iminentes: bloqueios de rodovias estão marcados para quarta-feira (10/9), seguidos por uma greve nacional convocada pelos sindicatos em 18 de setembro.

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6 de 6 Emmanuel Macron Stephane Lemouton/Bestimage/IMAGO
Um novo premiê em meio à instabilidade
, Lecornu se torna o quinto primeiro-ministro de Macron em menos de dois anos. Desde junho do ano passado, quando o presidente dissolveu a Assembleia Nacional após seu partido ser derrotado nas eleições para o Parlamento Europeu, nenhum premiê conseguiu resistir por muito tempo.