Culturas agrícolas
O levantamento do IBGE investiga 16 produtos: algodão (caroço de algodão), amendoim, arroz, aveia, centeio, cevada, feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo, triticale (originário do cruzamento entre trigo e centeio), canola e gergelim. Os dois últimos aparecem pela primeira vez na pesquisa. Na comparação dos prognósticos de 2025 e 2026, a agricultura brasileira deve ter redução principalmente nas seguintes culturas:- milho (-9,3% ou -13,2 milhões de toneladas)
- sorgo (-11,6% ou -604,4 mil toneladas)
- arroz (-6,5% ou -815,0 mil toneladas)
- algodão (-4,8% ou -466,9 mil toneladas)
- trigo (-3,7% ou -294,8 mil toneladas),
- feijão (-1,3% ou -38,6 mil toneladas)
- amendoim em casca (-2,1% ou -25,5 mil toneladas)
Influência dos preços
De acordo com o analista, preços mais baixos do algodão, arroz e feijão levam produtores a diminuir as áreas plantadas. No caso do algodão, ele explica que 3 anos de safra crescente derrubaram o valor da colheita. “Manteve a oferta alta e diminuiu os preços, então as margens estão apertadas para os produtores e a tendência é de redução na área de plantio”, disse. Na agricultura, os produtores podem escolher qual produto plantar, baseados em informações de rentabilidade. O feijão deve ver a safra (3 milhões de toneladas) reduzir 1,3%. “Mas ainda assim atendendo ao consumo brasileiro”, ressalva o IBGE.Soja
No sentido oposto, o IBGE estima crescimento na safra da soja, que deve expandir 1,1% e chegar a 167,7 milhões de toneladas. O país é o maior produtor e maior exportador global da oleaginosa.O IBGE divulgou também que a capacidade de armazenagem agrícola no país cresceu 1,8% no primeiro semestre deste ano em comparação com o segundo semestre de 2024, chegando a 231,1 milhões de toneladas. Capacidade dos métodos de armazenamento:“A área plantada deve crescer 0,3%; e a produtividade, 0,8%, muito em função da possível recuperação da safra gaúcha, muito prejudicada em 2025. Chuvas escassas e irregulares têm trazido preocupação aos produtores do Centro-Oeste”, explica o IBGE.
- silos: 123,2 milhões de toneladas (53,3% da capacidade útil total do país);
- armazéns graneleiros e granelizados: 84,2 milhões de toneladas (36,4%);
- armazéns convencionais, estruturais e infláveis: 23,8 milhões de toneladas (10,3%).
Conab
Também nesta quinta-feira, a Companhia Nacional Abastecimento (Conab), empresa pública vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, divulgou que a safra 2025/2026 deve ser de 354,8 milhões de toneladas de grãos. Relacionadas
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