• Segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Receita Federal atualiza a regulamentação de criptoativos

Instrução normativa adapta a regulação ao padrão internacional da OCDE; a nova norma sobre criptoativos passa a valer em julho de 2026.

A Receita Federal divulgou nesta 2ª feira (17.nov.2025) que ajustou a regulamentação sobre operações com criptoativos no Brasil para participar de um regime global de troca automática de informações com objetivo de coibir fraudes, evasão e lavagem de dinheiro.

Com isso, o país se alinhará ao padrão internacional Carf (Crypto‑Asset Reporting Framework, ou relatório sobre criptoativos), criado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

A partir de julho de 2026 será obrigatório o uso da nova declaração denominada “DeCripto”, que ficará disponível por meio do portal de atendimento digital do Fisco. Enquanto isso, o modelo atual continuará a vigorar até 30 de junho de 2026.

Segundo a Receita Federal, a norma não trata de tributação. A adoção do padrão internacional CARF significa que o Brasil passa a participar de um regime global de troca automática de informações sobre criptoativos, o que amplia a visibilidade das operações para as autoridades fiscais.

A obrigatoriedade para prestadoras estrangeiras reflete a globalização dos mercados de criptoativos: muitas operações envolvem entidades fora do Brasil. Sem essa obrigatoriedade, parte das transações poderia escapar do controle nacional.

A exigência de diligência KYC/AML (Know Your Customer ou conheça seu cliente – Anti-Money Laundering ou prevenção à lavagem de dinheiro) reforça a segurança do sistema e dificulta o uso indevido de criptoativos para atividades ilícitas.

Para as empresas do setor e para os usuários, muda o panorama de compliance e de obrigações de prestação de informação — exige atenção para prazos, modelos de declaração e adequação de sistemas

O que usuários e prestadoras devem fazer:

“Com essa atualização, a RFB reitera seu compromisso com o combate à evasão fiscal, à lavagem de dinheiro e ao financiamento de atividades criminosas, em cooperação com as administrações tributárias de outros países que adotam o padrão da OCDE”, disse o comunicado.

Por: Poder360

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