O PT publicou nesta 2ª feira (30.jun.2025) um novo vídeo de propaganda nas redes sociais defendendo o novo imposto de renda. A peça, gerada por IA (inteligência artificial), intensifica o discurso de que os pobres pagam mais impostos que os ricos.
O vídeo apresenta uma encenação com referência a uma mesa de bar. Nela, um personagem questiona por que paga mais impostos do que quem consome lagosta, champanhe e caviar. A mensagem é que, assim como no “Boteco do Brasa”, o Brasil divide mal a conta dos tributos.
A campanha defende a “taxação BBB” –bilionários, bancos e bets. Segundo o vídeo, “imposto é necessário, mas justiça também é”.
A peça sugere que o “novo IR” proposto pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva corrige uma “injustiça histórica”.
O governo do presidente tem enfrentado resistência no Congresso em relação à taxação dos mais ricos. A previsão é que o projeto seja analisado na Câmara e no Senado no 2º semestre.
O material circula nas redes com imagens que aparentam ter sido feitas com IA (inteligência artificial). O Poder360 procurou o PT para confirmar a técnica usada. Quando houver resposta, o texto será atualizado.
Assista ao vídeo (1m14s):
Eis o texto lido na peça, na íntegra:
“Ei parceiro, peraí tu consumindo champanhe, caviar, lagosta e vai pagar menos que a gente que só ficou na brejinha e torresminho?
“Relaxa, Boteco do Brasa, amigo, aqui sempre foi assim.
“Sempre foi, mas não precisa continuar sendo. Vamos rachar essa conta do jeito certo.
“Agora imagine que essa mesa é um país que paga suas contas com a contribuição de todos.
“Mas onde os Super Ricos pagam proporcionalmente bem menos do que a gigantesca maioria. Assim tem sido o Brasil até hoje, mas o governo Lula quer fazer uma mudança histórica nessa injustiça com o novo IR. Porque imposto é necessário, mas justiça também é.
“É a taxação dos super-ricos e das plataformas de apostas, que ganham muito dinheiro e pagam pouco ou quase nada de imposto.
“Taxação BBB: Bilionários, Bancos e Bets. Novo IR é justiça histórica, justiça de verdade”.
O vídeo desta 2ª (30.jun) faz parte da camapnha do governo federal para isentar do IR (Imposto de Renda) pessoas com rendimento de até R$ 5.000 mensais e de reduzir a alíquota para quem ganha de R$ 5.000 a R$ 7.000.
Sob o mote da justiça tributária, a propaganda defende a taxação dos mais ricos para compensar a perda de receita com a isenção e equilibrar as contas públicas.
A reforma, no vídeo, é chamada de “Taxação BBB”. Mas, em vez de a sigla fazer referência ao famoso reality show da TV Globo, o “Big Brother Brasil”, ela significa “Bilionários, Bancos e Bets” – que, segundo a locução da propaganda, “pagam nada ou quase nada de Imposto de Renda” e “vão passar a pagar mais”.
Na 6ª feira (27.jun), o partido publicou um novo vídeo de propaganda na internet em que intensifica o discurso de enfrentamento entre pobres e ricos. O mote é um dos preferidos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: os pobres pagam muitos impostos, os ricos quase nada.
A retórica lembra discursos dos séculos 19 e 20, em que o proletariado é tratado como moralmente superior e guiado por um Estado que promete corrigir desigualdades estruturais. O Estado e o governo de esquerda nesse caso são o farol que ilumina o caminho: “O governo Lula quer virar esse jogo com o novo IR. Fazer os super ricos e os sites de apostas pagarem mais”.
Lula, Sidônio Palmeira, responsável pela Secom (Secretaria de Comunicação), PT e a esquerda acreditam que a melhor fórmula para ganhar as eleições em 2026 é aprofundar a divisão na sociedade, promovendo o confronto de pobres contra ricos. Alguns marqueteiros acreditam que essa pode ser uma estratégia errada.
No domingo (29.jun.2025), a federação UPB, formada pelos partidos União Brasil e Progressistas, lançou um vídeo com o mesmo estilo de IA para rebater a campanha petista.
A peça critica o tamanho do governo, o aumento de despesas públicas e estatais deficitárias, e afirma que “quem paga no final são os mais pobres”.
A narrativa da oposição diz que “até a inteligência das propagandas é artificial”, em ataque direto ao recurso usado pelo PT.
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