A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu nesta 2ª feira (30.jun.2025) a taxação de super-ricos para corrigir “distorções históricas” e atingir o equilíbrio das contas públicas.
“O Brasil está cansado dessa conversa de cortar políticas sociais, congelar o salário-mínimo e sacrificar os aposentados. Isso não é debate sério sobre política fiscal; é defesa de privilégios e injustiças”, declarou no X.
Gleisi afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está fazendo um “grande esforço” para equilibrar as contas públicas, mas estão tendo que lidar com os resultados da política monetária herdada do governo de Jair Bolsonaro (PL), que, segundo ela, levará os gastos com juros a R$ 1 trilhão neste ano, o que considera injustificável diante de uma inflação controlada.
A fala de Gleisi se dá também depois da divulgação de um vídeo do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), no qual ele defende a “responsabilidade fiscal com coragem” e diz que o governo está querendo criar um “nós contra eles”.
“O que está faltando nesse esforço para equilibrar as contas é a contribuição do chamado andar de cima, que não paga imposto pelo rendimento de aplicações financeiras, pelos lucros e dividendos distribuídos aos acionistas, que goza de isenções fiscais injustificáveis e são os que lucram com a escandalosa taxa de juros”, declarou a ministra.