A produção de combustíveis líquidos do Brasil atingiu um recorde de 4,8 bbl/d (barris de petróleo por dia) em julho de 2025, segundo relatório da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) publicado nesta 5ª feira (11.set.2025). Eis a íntegra (PDF – 2 MB).
O volume corresponde a uma alta de 200.000 bbl/d frente a junho e 700.000 bbl/d acima do registrado em julho de 2024.
Só a produção de petróleo cresceu 199.000 bbl/d no mês, alcançando 4 milhões de bbl/d. O desempenho foi impulsionado por novos projetos no pré-sal, como Búzios, Mero, Tupi, Marlim e Parque das Baleias.
A Opep manteve suas projeções para os próximos 2 anos. Em 2025, o Brasil deve produzir em média 4,4 milhões de bbl/d, com crescimento de 230.000 bbl/d.
Para 2026, a previsão é de 4,5 milhões de bbl/d, alta de 160.000 bbl/d. O país seguirá entre os 4 maiores responsáveis pelo aumento da oferta mundial fora do cartel, ao lado de EUA, Canadá e Argentina.
No cenário macroeconômico, a Opep estima que o PIB (produto interno bruto) brasileiro avance 2,3% em 2025 e 2,5% em 2026.
A inflação deve permanecer elevada, próxima de 5%, limitando cortes de juros pelo BC (Banco Central) até o fim do ano.
De acordo com o cartel, o consumo mundial deve aumentar em 1,3 milhão de bbl/d (barris de petróleo por dia) em 2025 e em 1,4 bbl/d em 2026, alcançando médias de 105,1 bbl/d e 106,5 bbl/d, respectivamente.
A Opep destacou que a atividade será apoiada pela redução de tensões comerciais e por políticas governamentais de incentivo.
Os Estados Unidos, por exemplo, fecharam acordos com Europa, Japão, Coreia do Sul e Reino Unido, o que reduziu a incerteza no comércio internacional.
A elevação da oferta virá principalmente de países fora do cartel, com destaque para Estados Unidos, Brasil, Canadá e Argentina.
Também estima crescimento econômico de 3% em 2025 e de 3,1% em 2026.