Gusttavo Lima une propósito e paixão pelo cavalo e investe forte no Quarto de MilhaO ICAP-L (Índice de Captação de Leite) subiu 5,8% entre agosto e setembro, acumulando alta de 12,2% no ano – sinal claro de que a produção segue aquecida. Ao mesmo tempo, o mercado interno ainda está amplamente abastecido, já que as importações cresceram 20% em setembro, totalizando 198,1 milhões de litros em equivalente leite, sendo 80% na forma de leite em pó. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Mesmo com aumento de 11% nas exportações no mês, esse volume não foi suficiente para aliviar a pressão interna. No acumulado do ano, as exportações caíram 36,7%, enquanto as importações somaram 1,65 bilhão de litros equivalentes — patamar considerado alto pelos agentes do mercado. Indústrias apertadas, produtor no limite com queda no preço do leite Com estoques elevados e consumo sem reação, as indústrias têm enfrentado margens comprimidas, especialmente nos segmentos de leite UHT, muçarela e leite em pó, que registraram novas quedas de preços no atacado paulista em setembro. Diante desse quadro, os laticínios reduziram os valores pagos ao produtor, gerando tensões nas negociações e descontentamento no campo. A pesquisadora Natália Grigol destaca: “Muitos produtores relatam dificuldades para cobrir o custo de produção”. Mesmo com uma leve queda de 0,9% no Custo Operacional Efetivo (COE), o alívio foi insuficiente. Além disso, o poder de compra também piorou: foram necessários 26,5 litros de leite para adquirir um saco de 60 kg de milho — alta de 5,4% frente ao mês anterior. Ou seja: gasta-se mais para produzir, e recebe-se menos pela produção. Perspectivas: quando essa crise começa a mudar? No curto prazo, o mercado deve seguir pressionado. O ajuste na produção tende a ser lento, já que a safra das águas naturalmente aumenta a oferta. A estabilização dos preços pode ocorrer em dezembro, quando as indústrias planejam o abastecimento para o início de 2026. Contudo, a recuperação mais consistente pode vir apenas a partir do segundo bimestre de 2026, caso a oferta recue especialmente na região Sul. E agora, produtor? O que fazer diante da crise? Especialistas apontam algumas medidas de adaptação:
Preço do leite despenca 19% em um ano e piora crise no setor; e agora, produtor?
Com produção em alta, mercado interno abastecido e importações crescentes, margens dos pecuaristas seguem cada vez mais apertadas. Especialistas apontam que a recuperação do preço do leite só deve ocorrer a partir de 2026.
Com produção em alta, mercado interno abastecido e importações crescentes, margens dos pecuaristas seguem cada vez mais apertadas. Especialistas apontam que a recuperação do preço do leite só deve ocorrer a partir de 2026. O preço do leite pago ao produtor voltou a registrar queda significativa e acende um alerta para a pecuária leiteira em todo o país. Segundo levantamento do Cepea/Esalq-USP, a chamada “Média Brasil” atingiu R$ 2,44/litro em setembro, representando uma desvalorização real de 19% frente ao mesmo período do ano anterior. Trata-se da sexta queda consecutiva, evidenciando um cenário de crise prolongada no campo. Esses dados foram divulgados pelo Cepea e analisados pela pesquisadora Natália Grigol. Oferta em alta e mercado saturado Diversos fatores ajudaram a pressionar o preço do leite para baixo. De um lado, houve crescimento consistente da produção em 2025, reflexo de investimentos feitos quando a margem do leite estava mais favorável no ano anterior. A melhora das pastagens durante primavera e verão também estimulou a oferta. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
Reavaliar manejo para reduzir custos, principalmente na suplementação. Apostar em silagem e pastagens de alta eficiência para reduzir dependência de milho. Considerar cooperativismo para ganhar força nas negociações. Avaliar programas de pagamento por qualidade, que podem elevar receita. Buscar assistência técnica contínua, principalmente em ajustes nutricionais. O momento exige estratégia, planejamento e cautela. A pecuária leiteira vive um dos períodos mais desafiadores dos últimos anos. Produção elevada, consumo estagnado e importações em alta formam uma combinação que comprime margens e coloca em risco o sustento de milhares de famílias produtoras. O setor busca equilíbrio, mas, até lá, o produtor precisa se reinventar para resistir.
Por: Redação





