• Terça-feira, 4 de novembro de 2025

Aprosoja MT destaca práticas agrícolas que favorecem sequestro de carbono e conservação ambiental no campo

Plantio direto, rotação de culturas e preservação de áreas nativas são estratégias adotadas por produtores rurais que ajudam a capturar carbono no solo e reduzir impactos ambientais.

Plantio direto, rotação de culturas e preservação de áreas nativas são estratégias adotadas por produtores rurais que ajudam a capturar carbono no solo e reduzir impactos ambientais. A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) valoriza o trabalho de quem tem como missão alimentar o mundo e preservar o meio ambiente. Os produtores adotam práticas sustentáveis e conscientes, como o plantio direto e a rotação de culturas, que contribuem significativamente para a redução da emissão de gases de efeito estufa e contribuem para reduzir impactos ambientais. O presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, estima que, neste ano, Mato Grosso deve semear cerca de 13,2 milhões de hectares de soja, com a segunda safra de milho sendo cultivada na mesma área. Ele destaca um estudo recente realizado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), em parceria com a Embrapa, que aponta: em áreas onde se pratica o plantio direto de soja seguido de milho, há um sequestro médio anual de 1,9 tonelada de dióxido de carbono (CO₂) por hectare.
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    “O Brasil possui um modelo agrícola único. Graças ao clima tropical, conseguimos realizar duas safras por ano. Regiões como o oeste de Portugal e da Espanha, com clima semelhante, poderiam adotar esse sistema, mas ainda preferem o cultivo convencional por comodidade. O produtor brasileiro, por sua vez, reconhece os benefícios do manejo conservacionista: captura carbono, evita erosão, protege mananciais e reduz o assoreamento. A cobertura vegetal melhora a infiltração da água e evita o escoamento superficial. A rotação de culturas, além de viabilizar duas safras, quebra o ciclo de pragas e fortalece a sustentabilidade”, detalha Lucas Costa Beber. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});O estudo também revela que áreas com mais de dez anos de adoção do sistema apresentam estoques de carbono 30% superiores aos de áreas mais recentes, evidenciando que a continuidade da prática potencializa seus benefícios. A alternância entre culturas como soja e milho permite a captura de carbono durante a fotossíntese, com parte desse carbono sendo armazenado no solo pelas raízes. “Nossa agricultura vai além dos serviços ambientais, ela também é economicamente eficiente. O aumento da matéria orgânica no solo melhora a retenção de água, intensifica a atividade biológica e a disponibilidade de nutrientes, elevando a produtividade e reduzindo a necessidade de expandir áreas agrícolas”, explica Lucas Costa Beber. Marlise Paetzold Marafon, produtora rural e delegada coordenadora do núcleo de Sapezal, com mais de três décadas dedicadas à agricultura, representa uma geração de produtores que alia tradição familiar à inovação no manejo responsável da terra. A produtora adota práticas como o plantio direto e a rotação de culturas, demonstrando que é possível produzir alimentos em larga escala enquanto se preserva o solo, os recursos hídricos e o equilíbrio ambiental. “Precisamos cuidar bem do solo, fazendo rotação de culturas. A produtividade depende disso. E, embora pouco divulgado, já se sabe que a produção de soja e milho sequestra mais carbono do que a floresta. Por isso, é essencial praticar o plantio direto e evitar revolver a terra. O produtor rural, especialmente no Mato Grosso, é um importante preservador ambiental, apesar da imagem negativa que muitas vezes recebe”, reforça a produtora. O plantio direto, amplamente adotado pelos produtores, mantém a cobertura vegetal, ajuda a armazenar carbono, reduz a erosão e evita perdas de solo. Além disso, diminui os custos operacionais, melhora o rendimento na semeadura e amplia a janela de plantio. Marlise destaca os ganhos da prática: “Durante a estiagem, o solo permanece coberto, permitindo que os micro-organismos sobrevivam por mais tempo. Também economizamos combustível, pois não é necessário usar maquinário para revolver a terra, evitando que a chuva leve a matéria orgânica. Tenho muito orgulho de ser produtora rural. Alimentamos o mundo e preservamos o meio ambiente, isso é fantástico.” A Aprosoja MT reforça que a preservação ambiental não depende apenas de políticas globais, mas também da ação direta dos produtores, que investem em inovação, manejo responsável e práticas sustentáveis, protegendo suas lavouras e contribuindo para o futuro do planeta. Fonte: Aprosoja MT VEJA TAMBÉM:
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  • ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
    Por: Redação

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