Pelo menos 18 pessoas morreram em 2 ataques de grupos armados na 5ª feira (21.ago.2025) nas cidades colombianas de Cali e Amalfi. Os episódios foram os mais graves registrados no país na última década.
Em Amalfi, departamento de Antioquia, criminosos abateram um helicóptero da Polícia Nacional durante operação antidrogas. A aeronave participava de ação para erradicar plantações de coca quando foi atingida. Doze policiais morreram.
Horas depois, terroristas detonaram um caminhão-bomba em rua movimentada de Cali, 3ª maior cidade do país. A explosão atingiu as proximidades da Escola Militar de Aviação Marco Fidel Suárez durante a tarde. Seis pessoas morreram e 71 ficaram feridas.
O prefeito de Cali, Alejandro Eder, decretou lei marcial, proibiu a entrada de caminhões na cidade e ofereceu recompensa de cerca de US$ 10.000 dólares por informações sobre os responsáveis.
O presidente Gustavo Petro (Colômbia Humana, esquerda) atribuiu os atentados a duas facções dissidentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Os grupos mantêm atividades armadas e de narcotráfico mesmo depois do acordo de paz de 2016.
Setores da sociedade colombiana cobram do governo medidas mais firmes contra os grupos armados ilegais. A violência se intensificou nos últimos meses, com confrontos entre forças de segurança, dissidentes, paramilitares e narcotraficantes.
Ataques com drones também se tornaram frequentes. Em 2024, foram registrados 115 episódios. Na semana passada, 3 soldados morreram depois de ofensiva com explosivos lançados do ar.
O CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) alertou que 2024 foi o ano mais crítico desde o acordo de paz com as Farc. O órgão projeta que 2025 pode registrar as piores condições humanitárias da última década.
A ONU (Organização das Nações Unidas) condenou os ataques e criticou os grupos armados por não respeitarem os direitos humanos nem distinguirem entre combatentes e civis.