A medida integra política mais ampla da administração Donald Trump (Partido Republicano), que considera energias renováveis caras, pouco confiáveis e dependentes de cadeias produtivas chinesas.
Dois terços do valor de turbinas eólicas nos EUA são importados, segundo a consultoria Wood Mackenzie. Os principais fornecedores são Europa (41%), México (34%) e Índia (15%).
As importações americanas de equipamentos eólicos totalizaram US$ 1,7 bilhão em 2023 —menor volume desde 2013. Compras da China diminuíram por causa do aumento das tensões comerciais.
O país mantém autossuficiência na montagem de nacelas e fornecimento de torres. A maioria das pás, trens de força e componentes elétricos, no entanto, são importados.
Desde janeiro, Trump intensificou ataques à energia eólica. O presidente considera as turbinas “feias” e “ineficientes”, além de prejudiciais à paisagem e à fauna marinha.
Na 4ª feira (20.ago.2025), declarou em rede social que energias eólica e solar são “a fraude do século”. Afirmou que seu governo não aprovará novos projetos do setor.
O Departamento de Comércio busca comentários sobre o papel de cadeias produtivas estrangeiras no atendimento à demanda americana por turbinas eólicas.
Tarifas adicionais podem elevar especialmente os custos de projetos offshore, mais dependentes de equipamentos importados, segundo o New York Times.
A indústria eólica offshore enfrenta dificuldades com inflação e problemas logísticos. Trump suspendeu licenciamentos do setor em seu 1º dia de mandato.
Energias eólica e solar responderam por 16% da eletricidade produzida nos EUA em 2024, sendo as fontes que mais crescem no país.