• Quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Petro acusa Trump de planejar golpe de Estado na Colômbia

Em meio à escalada na relação entre EUA e Colômbia, Gustavo Petro afirma que Donald Trump quer desestabilizar governo e promover violência

Em um novo capítulo do , o líder colombiano, Gustavo Petro, acusou o norte-americano de planejar um golpe de Estado contra o governo dele. Em declaração publicada nas redes sociais, nesta terça-feira (21/10), Petro rebateu acusações do republicano, que o acusou de ter relação com o tráfico internacional de drogas. “O presidente não gosta de estar fora de controle, e aqui devo informar meu povo e o mundo, porque ele me fez fugir do controle, porque ele quer um golpe de Estado contra mim e porque o senador Bernie Moreno, quer violência contra a Colômbia”, afirmou Petro. En el desastre de política antinarcóticos que ya ha matado a 27 lancheros del Caribe, toda gente pobre que, llevando o no llevando cocaína, han sido asesinados por misiles y que ya ha ganado una amenaza de invasión militar a Colombia y a Venezuela y que va a traer sanciones… — Gustavo Petro (@petrogustavo) Provocações de Trump As declarações ocorrem após Trump acusar Petro de ser e anunciar a suspensão de subsídios enviados de Washington a Bogotá. Poucas horas depois, o secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, confirmou um novo ataque militar norte-americano contra uma suposta embarcação colombiana no Caribe — o sétimo desde o início da operação na região. Segundo o Pentágono, o barco estaria ligado ao Exército de Libertação Nacional (ELN), classificado pelos Estados Unidos como organização terrorista, e transportava “quantidades substanciais” de drogas ilícitas. O governo norte-americano, porém, não apresentou provas das alegações, e três pessoas morreram na operação. Petro reagiu, afirmando que o ataque violou a soberania colombiana e resultou na morte de um pescador identificado como Alejandro Carranza, que, segundo familiares, não tinha envolvimento com o narcotráfico. “Autoridades do governo dos EUA cometeram assassinatos e violaram nossa soberania em águas territoriais”, disse Petro, ao afirmar que o barco colombiano estava à deriva após uma pane no motor. 6 imagens Gustavo Petro é presidente da Colômbia desde 2022Colombian president Gustavo Petro gives a speach during the promotion ceremony of new Generals and Admirals of the Police and Military Forces at the Jose Maria Cordova Military School in Bogota, Colombia on December 17, 2022. (Photo by: S. Barros/Long Visual Press/Universal Images Group via Getty Images)Trump chega ao Egito para assinar acordo de cessar-fogo em GazaPresidente dos Estados Unidos, Donald TrumpO presidente dos EUA, Donald Trump, discursa com altos líderes militares na Base do Corpo de Fuzileiros Navais de QuanticoFechar modal. 1 de 6 Alexi J. Rosenfeld/Getty Images 2 de 6 Gustavo Petro é presidente da Colômbia desde 2022 Vinícius Schmidt/Metrópoles 3 de 6 Colombian president Gustavo Petro gives a speach during the promotion ceremony of new Generals and Admirals of the Police and Military Forces at the Jose Maria Cordova Military School in Bogota, Colombia on December 17, 2022. (Photo by: S. Barros/Long Visual Press/Universal Images Group via Getty Images) Getty Imagens / Metrópoles 4 de 6 Trump chega ao Egito para assinar acordo de cessar-fogo em Gaza Chip Somodevilla/Getty Imagens 5 de 6 Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Alex Wong/Getty Imagens 6 de 6 O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa com altos líderes militares na Base do Corpo de Fuzileiros Navais de Quantico Andrew Harnik/Getty Images O presidente colombiano também criticou a chamada , política que classificou como um fracasso histórico liderado por Washington desde os anos 1970. “Mais de mil latino-americanos foram assassinados por diferentes motivos nesta estratégia fracassada, que não reduziu o consumo de drogas nos Estados Unidos nem na Europa. O que fez foi destruir exércitos, políticas e governos da América Latina”, escreveu. Petro ainda afirmou que a recente ofensiva norte-americana no Caribe é parte de um projeto maior de intervenção e controle político na região, citando a Venezuela como exemplo.
Por: Metrópoles

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