Vídeos gerados por IA (inteligência artificial) que circulam nas redes sociais fazem críticas ao presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), e chamam o Congresso de “inimigo do povo”.
As peças defendem a “taxação BBB” –bilionários, bancos e bets e intensificam o discurso repercutido pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que os pobres pagam mais impostos que os ricos.
Na 1ª peça, o vídeo apresenta uma encenação com referência a uma mesa de bar. Nela, um personagem questiona por que paga mais impostos do que quem consome lagosta, champanhe e caviar. A mensagem é que, assim como no “Boteco do Brasa”, o Brasil divide mal a conta dos tributos.
Assista (1min21s):
Na 2ª peça, é encenado um jantar do personagem “Hugo nem se importa” –trocadilho com o nome do presidente da Câmara– com empresários. No vídeo, o deputado fictício diz aos executivos que não haverá nenhuma taxação sobre suas fortunas. “Quem tem dinheiro, tem proteção, quem paga a conta são os de sempre, e ainda batem palmas”, declara.
A peça também ironiza um encontro real do presidente da Câmara em outubro de 2023 que custou de R$ 27.000, segundo o portal Metrópoles. Motta pediu o reembolso do valor gasto com o buffet ao Congresso.
“Fala, meu povo escravo do trampo. Aqui quem fala é o deputado Hugo Nem Se Importa. Agora é hora do jantar de luxo. E quem paga a conta? Vocês. Relaxa, galera. Podem comer e beber à vontade. Reembolso é pra isso mesmo, pra degustar o suor do povo”, diz o personagem.
Assista (1min24s):
Já no 3º vídeo, os personagens defendem diretamente a taxação dos mais ricos. Em um momento do vídeo, um dos avatares diz que, no Brasil, os bilionários não pagam impostos e que o Congresso é contra taxá-los. Em outro, afirma que o Centrão prefere prejudicar o país a “abrir mão das mordomias”.
Assista (51s):
Na 4ª peça, o tom é mais crítico e menos irônico. Nela, um dos personagens afirma que o Congresso é contra o fim da escala 6 X 1 e a favor do aumento de salário para os congressistas. Diz ser necessário eleger deputados aliados do presidente e a favor de projetos que beneficiem a população.
“Não adianta votar num presidente que é do lado do povo e, ao mesmo tempo, votar em deputado conservador de direita”, diz um dos personagens.
Assista (1min7s):