• Quarta-feira, 25 de junho de 2025

No Congresso dos EUA, Figueiredo chama Moraes de “ditador do Brasil”

O jornalista e youtuber bolsonarista Paulo Figueiredo é um dos 34 denunciados ao STF por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022

O jornalista e youtuber bolsonarista Paulo Figueiredo Filho, um dos 34 denunciados ao STF por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, classificou o ministro Alexandre de Moraes como “ditador do Brasil” em uma audiência no Congresso dos Estados Unidos nesta terça-feira (24/6). O comunicador, que é neto do general João Batista Figueiredo (1918-1999), último presidente da ditadura, é ouvido pela Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos, do Congresso dos Estados Unidos, para falar sobre supostas violações do ministro do a leis norte-americanas. Em seu perfil no X, Figueiredo afirmou que falaria sobre a . Figueiredo abriu seu discurso falando que sofre “perseguição” desde 2019, quando a Justiça brasileira decretou sua prisão preventiva e ele teve nome incluído na lista vermelha da Interpol. “Agentes da imigração me algemaram e me levaram ao centro de detenção por 17 dias em caso posteriormente arquivado pelo próprio Brasil. Eu gastei mais de 1 milhão de dólares em honorários jurídicos enfrentando essa batalha. Em 2022, o Alexandre de Moraes, ministro do STF, ditador do Brasil disfarçado de juiz, voltou a me perseguir por relatar verdades incômodas. Ele congelou todos os meus bens no Brasil, bloqueou minhas redes sociais, cancelou meu passaporte e me condenou ao exílio, tudo isso documentado”, disse Paulo Figueiredo aos parlamentares norte-americanos. O jornalista também afirmou que Moraes o insultou publicamente ao defini-lo como um “pseudo jornalista” e “fugitivo”. “Tem um mandado de prisão secreto contra mim, onde não posso me defender porque não fui formalmente acusado e não sei se meu nome foi incluído de novo na lista da Interpol. O meu caso não é isolado mas parte de uma campanha sistemática”, denunciou Figueiredo. Leia também De acordo com a Comissão, a audiência “avaliará os esforços multilaterais para desenvolver definições comuns e coordenar respostas, além de examinar como outros governos estão elaborando abordagens institucionais para lidar com a repressão transnacional. Também analisará casos específicos de países, como Paquistão, Índia, Hong Kong e China”. A Comissão de Direitos Humanos do Congresso norte-americano define a repressão transnacional como um “conjunto de táticas que governos estrangeiros utilizam para agir além de suas fronteiras com o objetivo de prejudicar, intimidar, ameaçar, assediar ou coagir individuos”. Moraes acusado Moraes tem sido acusado por políticos e influencidores conserrvadores de promover censura por meio de suas ordens judiciais. Segundo parlamentares dos EUA que reagiram às acusações, as ordens do ministro atingem empresas localizadas nos EUA e cidadãos que estão no país. O ministro do STF também é alvo de uma ação judicial apresentada pela plataforma Rumble, em parceria com uma empresa de Trump. Elas pediam que não fossem obrigadas a cumprir ordens de Moraes. No dia 21 de maio, Rubio disse que existe uma “grande possibilidade” de Moraes ser alvo de sanções norte-americanas, com base na Lei Global Magnitsky. Audiência no Congresso dos EUA Durante audiência no Congresso norte-americano, o deputado democrata James P. McGovern informou que a audiência será para tratar de repressões repressão transnacional, ou seja, entre países do mundo, a personalidades e empresas de tecnologia norte-americanas. “É uma obrigação de todos os Estados pelo mundo devem proteger e respeitar os direitos humanos”, disse James P. McGovern. Em uma crítica direta a ações do presidente dos EUA, Donald Trump, James afirmou que “os EUA estão melhor posicionados para fazer a diferença, se liderar por exemplo, se tiver a credibilidade para falar de um lugar de autoridade moral, mas só se nosso próprio país não engajar em comportamentos que ele critica em outros”. “Por isso eu fiquei preocupado quando eu vi o posicionamento do Departamento de Justiça exigindo que estudantes estrangeiros que se candidataram ao visa deveriam tornar públicos seus perfis em redes sociais para que oficiais norte-americanos pudessem julgar se na opinião deles existiam alguma abritrairiedade e potenciais tendências políticas em desacordo com ele”, concluiu o deputado. São ouvidos as seguintes testemunhas: Yana Gorokhovskaia , Diretora de Pesquisa de Estratégia e Design, Freedom House Lyudmyla Kozlovska , presidente, Fundação de Diálogo Aberto Ahmad Noorani , editor, foco em fatos Ria Chakrabarty, Diretora Sênior de Políticas, Hindus pelos Direitos Humanos Joey Siu, Porta-voz da Anistia Internacional Hong Kong Overseas Paulo Figueiredo , Jornalista Investigativo  
Por: Metrópoles

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