• Sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Netanyahu assina projeto de colonização na Cisjordânia

“Nunca haverá Estado palestino. Esse lugar é nosso”, disse o premiê israelense na cerimônia.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), assinou na 5ª feira (11.set.2025) um acordo para avançar com um plano de expansão de assentamentos na Cisjordânia.

O acordo foi firmado durante visita ao assentamento de Maale Adumim, na Cisjordânia ocupada. O projeto, conhecido como E1, recebeu aprovação final de uma comissão do Ministério da Defesa de Israel em agosto.

Nunca haverá um Estado palestino. Esse lugar é nosso“, declarou Netanyahu durante a cerimônia de assinatura, segundo informações da Reuters. O primeiro-ministro acrescentou: “Vamos proteger nossa herança, nossa terra e nossa segurança“.

O plano E1 visa à construção de milhares de novas unidades habitacionais e criará uma divisão territorial na Cisjordânia, separando-a de Jerusalém Oriental. Essas áreas são reivindicadas pelos palestinos como parte de seu futuro Estado.

O investimento total no projeto está estimado em quase US$ 1 bilhão. Os recursos serão destinados à construção de estradas e modernização da infraestrutura principal do assentamento.

A decisão de Netanyahu se dá 2 dias depois de Israel ter tentado matar líderes do Hamas no Qatar, ação que recebeu condenação internacional. O primeiro-ministro estava acompanhado por membros nacionalistas de sua coalizão, incluindo o ministro das Finanças Bezalel Smotrich.

O projeto E1 havia sido congelado anteriormente em 2012 e 2020 por causa da objeções dos Estados Unidos. Não há informações sobre como a comunidade internacional responderá oficialmente a esta nova iniciativa.

A retomada do plano pode aumentar o isolamento diplomático de Israel. Aliados ocidentais, como o Reino Unido, a França, o Canadá, a Austrália e a Bélgica, frustrados com a continuação da guerra em Gaza, anunciaram que reconhecerão o Estado palestino na ONU (Organização das Nações Unidas) ainda em setembro.

Smotrich, que acompanhou Netanyahu na visita, havia afirmado em agosto que um Estado palestino “está sendo apagado da mesa, não com slogans, mas com ações“.

Por: Poder360

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