O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (Likud, direita) determinou nesta 5ª feira (21.ago.2025) uma operação militar em larga escala na Faixa de Gaza para conseguir controle total da região e autorizou a retomada de negociações para libertação dos reféns mantidos pelo Hamas. Hoje, as FDI (Forças de Defesa de Israel) comandam cerca de 75% do território.
Netanyahu instruiu autoridades a “iniciar negociações imediatas” sobre a libertação das pessoas sob custódia do grupo extremista e para “o fim da guerra em termos aceitáveis para Israel”. Ele afirmou que “essas duas coisas andam de mãos dadas“. As informações são da AP.
A decisão representa a 1ª resposta oficial de Israel à proposta de cessar-fogo elaborada pelo Egito e Qatar e aprovada pelo Hamas. O acordo contém um armistício de 60 dias, medidas para permitir a entrada de ajuda humanitária, libertação escalonada de reféns e soltura de prisioneiros palestinos.
A medida também se dá depois que França, Reino Unido e Canadá declararem que reconheceriam o Estado palestino na assembleia da ONU (Organização das Nações Unidas), como forma de rechaçar a escalada israelense na região.
As forças militares israelenses planejam convocar 60.000 reservistas e estender o serviço de outros 20.000 soldados para a nova ofensiva. O exército já iniciou contatos com organizações médicas e internacionais no norte da região para evacuação antes da operação ampliada.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, já expressou preocupação com a situação. “Devo reiterar que é vital alcançar imediatamente um cessar-fogo em Gaza e a libertação incondicional de todos os reféns para evitar a morte massiva e a destruição que uma operação militar contra Gaza inevitavelmente causaria”, declarou.