• Quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Frota naval dos EUA recua de área próxima à Venezuela devido a furacão

Presidente Donald Trump havia enviado frota naval para o Caribe com intuito de intensificar o combate a cartéis de drogas estrangeiros

A frota naval dos que havia sido enviada ao Caribe, em meio ao aumento das tensões diplomáticas e militares com a Venezuela, retornou na terça-feira (19/8) ao porto de Norfolk, no estado da Virgínia (EUA). A decisão foi tomada para evitar os impactos do furacão Erin, que avança pela Costa Leste norte-americana. A informação foi divulgada pelo site especializado USNI News. O grupo naval é composto pelo navio de assalto anfíbio USS Iwo Jima (LHD-7) e pelos navios de transporte de doca USS Fort Lauderdale (LPD-28) e USS San Antonio (LPD-17). Os três haviam deixado Norfolk apenas cinco dias antes, em uma mobilização considerada relevante por marcar a primeira operação de prontidão anfíbia dos EUA nos últimos oito meses. Segundo a agência Reuters, a previsão inicial é de que no próximo domingo (24/8). Não está claro, contudo, se a frota já iniciou movimento em direção às águas próximas à Venezuela. Leia também Tensão com a Venezuela O envio da frota ocorreu após uma determinação do presidente Donald Trump, no início deste mês, para que as forças armadas norte-americanas intensificassem o combate a cartéis de drogas estrangeiros. A medida aumentou a especulação sobre uma possível ação militar na Venezuela, país com o qual os Estados Unidos romperam relações diplomáticas em 2019. Na semana passada, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Washington usará “toda a força” contra o regime de Nicolás Maduro, acusado pelo governo americano de liderar uma rede de narcotráfico internacional. Em julho, o Departamento do Tesouro dos EUA incluiu o chamado Cartel de los Soles na lista de organizações terroristas e anunciou uma recompensa de US$ 50 milhões pela captura do líder chavista. Em reação, mobilizou 4,5 milhões de paramilitares dentro do país e acusou os Estados Unidos de preparar uma intervenção. Furacão Erin Apesar da tensão política, a decisão de recolher os navios foi motivada pela força do furacão Erin. , mas na terça-feira havia sido rebaixada para categoria 2. Ainda assim, a previsão indicava risco de impacto direto sobre áreas da Virgínia e dos estados vizinhos. De acordo com o , Erin deve inicialmente atingir a Flórida e, em seguida, seguir pela Costa Leste americana antes de se afastar para o Atlântico. A expectativa é de que, já nesta quinta-feira (21/8), tempestades tropicais atinjam os Outer Banks, na Carolina do Norte, com ventos fortes também na Virgínia e em Maryland.
Por: Metrópoles

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