O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a proibição do uso de farda durante os interrogatórios do núcleo 3 nesta 2ª feira (28.jul.2025) por parte dos militares acusados de planejar golpe de Estado em 2022. O grupo é composto por 9 militares e 1 agente da Polícia Federal. Leia mais ao final desta reportagem.
Os réus Rafael Martins e Hélio Ferreira Lima chegaram à sessão vestindo uniformes militares, mas receberam orientação para trocar de roupa antes do início dos depoimentos. As defesas questionaram a determinação de Moraes depois que a audiência começou.
O juiz auxiliar Rafael Henrique Tamai Rocha esclareceu a origem da ordem durante a sessão. “Essa é uma determinação do ministro relator. A acusação é contra militares e não contra o exército como um todo”, disse ao responder aos questionamentos.
A defesa de Rafael Martins sugeriu o adiamento do interrogatório diante da determinação, já que ela não passou por um processo formal de despacho. Os advogados de Hélio Lima concordaram, e disseram que seu cliente estava sendo exposto a uma situação “vexatória” ao ter que “retirar a roupa e pegar uma emprestada”.
Em resposta, o juiz auxiliar propôs que os advogados verificassem a possibilidade de providenciar outra roupa para seu cliente enquanto ele não é questionado.
Até a publicação desta reportagem, os réus ainda não haviam sido ouvidos nem trocado suas vestimentas. Os questionamentos são realizados por ordem alfabética.
Segundo a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República), os integrantes do núcleo 3 seriam responsáveis pelas “ações de campo” relacionadas ao monitoramento e neutralização de autoridades públicas. Também são acusados de promover ações táticas para “convencer e pressionar o alto comando do Exército a ultimar o golpe”.
Os réus são:
Acompanhe a transmissão ao vivo do interrogatório: