A Samarco Mineração S/A, Vale S/A e BHP Billiton Brasil Ltda estabeleceram um Termo de Compromisso com a Arquidiocese de Mariana para reparação de danos materiais e morais causados pelo rompimento da barragem de Fundão. O acordo, no valor de R$ 125 milhões, foi firmado na 3ª feira (2.set.2025), com intermediação do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) e do MPF (Ministério Público Federal).
O documento estabelece a recuperação de patrimônios religiosos em 4 localidades de Minas Gerais afetadas pelo desastre ambiental de novembro de 2015:
A assinatura foi realizada quase 10 anos depois do rompimento da barragem, que provocou danos significativos às estruturas religiosas das comunidades atingidas. O Termo de Compromisso contempla também medidas para preservação do patrimônio cultural e artístico da região.
A Arquidiocese deverá apresentar, em até 120 dias, planos detalhados para execução das obras de restauração. As intervenções consideradas emergenciais precisam começar em até 6 meses, enquanto as não emergenciais têm prazo de 12 meses depois da apresentação dos projetos.
Entre os bens que receberão restauração em Bento Rodrigues estão a Capela de São Bento, a Casa Paroquial, a Capela de Nossa Senhora das Mercês com seu cemitério anexo, além da Casa Paroquial da Capela Nossa Senhora das Mercês no reassentamento.
Em Paracatu de Baixo, serão recuperadas a Capela de Santo Antônio, a Casa Paroquial, a Capela de São Vicente de Paulo, a Capela de Nossa Senhora Aparecida (Capela de Ponte do Gama), além da Casa Paroquial e o Salão Paroquial no reassentamento.
O acordo também estabelece a restauração da Igreja Nossa Senhora da Conceição e da Casa Paroquial em Gesteira, e da Igreja Matriz de São José em Barra Longa.
A implementação das ações será monitorada pelo MPMG e MPF. A Arquidiocese ficará responsável por enviar relatórios semestrais sobre o andamento das obras de restauração.
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