A Meta anunciou na 2ª feira (29.dez.2025) a aquisição da startup de inteligência artificial Manus, fundada por empreendedores chineses. O acordo amplia a estratégia da empresa de Mark Zuckerberg de acelerar a incorporação de agentes avançados de IA em seus produtos voltados a consumidores e empresas.
Os termos financeiros da transação não foram divulgados. Pessoas com conhecimento direto da negociação afirmam que a operação avalia a Manus entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões, segundo a agência Reuters. A companhia passará a ter seus serviços operados e comercializados pela Meta, com integração ao ecossistema de produtos do grupo, incluindo o Meta AI.
Em comunicado, a Meta afirmou que a Manus desenvolveu “um dos principais agentes autônomos de propósito geral”, capaz de executar de forma independente tarefas complexas como pesquisa de mercado, programação e análise de dados. A empresa declarou que pretende levar essa tecnologia a “bilhões de pessoas” e ampliar as oportunidades para negócios em suas plataformas.
A Manus ganhou projeção internacional no início de 2025 depois de lançar o que descreveu como o 1º agente geral de IA. Segundo a empresa, em poucos meses a ferramenta já processou mais de 147 trilhões de tokens e criou mais de 80 milhões de computadores virtuais, atendendo milhões de usuários e empresas em todo o mundo. Esses números também foram destacados pela Meta ao anunciar a operação.
No texto divulgado pela startup, a companhia afirma que a união com a Meta representa “a validação do trabalho pioneiro com agentes de IA geral” e reforça seu papel como uma camada de execução capaz de transformar modelos avançados de IA em sistemas escaláveis, aptos a realizar tarefas completas em cenários reais. A empresa informou que continuará operando a partir de Cingapura e manterá a venda de seu serviço de assinatura por meio de aplicativo e site próprios.
“Nossa principal prioridade é garantir que essa mudança não seja disruptiva para nossos clientes”, afirmou a Manus no comunicado. A expectativa, segundo a empresa, é expandir o serviço para milhões de companhias e bilhões de pessoas nas plataformas da Meta.
O CEO da Manus, Xiao Hong, declarou que a incorporação ao grupo americano não altera o funcionamento interno da startup. “Juntar-se à Meta nos permite construir sobre uma base mais forte e sustentável sem mudar como a Manus funciona ou como as decisões são tomadas”, disse. “Continuaremos a iterar o produto e a atender os usuários que definiram a Manus desde o início”, afirmou.
A Meta disse ainda que os profissionais da Manus passarão a integrar suas equipes para levar agentes de uso geral a produtos de consumo e soluções empresariais. A aquisição se soma a outros movimentos recentes do grupo no setor de IA, em meio à competição intensa entre grandes empresas de tecnologia por escala, talentos e aplicações comerciais da inteligência artificial.





