• Sábado, 18 de outubro de 2025

"Messias não representa a maioria dos evangélicos", diz Sóstenes

Líder do PL afirma que se o advogado-geral da União for indicado ao STF será "por ser petista, e não evangélico”.

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara, passou a tarde desta 6ª feira (17.out.2024) na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto de 2024. Para Sóstenes, o advogado-geral da União, Jorge Messias, cotado para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), não representa a maioria dos evangélicos do país.

Ele [Messias] não está sendo indicado por ser evangélico, está sendo porque ele é petista. E ele, como petista, representa só 5% do segmento evangélico, que são os evangélicos esquerdistas e progressistas, declarou o deputado.

Sóstenes disse que também conversou com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ela chegou ao final do encontro com o ex-presidente. “A gente comunga da mesma opinião. A Michelle e eu: o PT quer colocar na conta de evangélicos a indicação de Messias”, afirmou o congressista.

Sóstenes disse a jornalistas que a indicação ao STF já está “cristalizada” e que o advogado-geral da União deve ser o indicado. Por isso, ele e Bolsonaro não trataram muito do assunto, apenas comentaram que Messias será o escolhido.

O líder do PL, no entanto, afirmou que a indicação é uma atribuição do presidente da República e que à isso não há objeção. “Ele indica quem ele quiser. Nós não temos que restringir nomes e nem temos que opinar sobre isso”. Mas afirmou que é trabalho da oposição deixar claro que a indicação de Messias não representa a maioria do segmento evangélico.

“Se fosse o presidente Bolsonaro, ele indicaria quem? Quem nós gostaríamos que indicasse”, disse Sóstenes.

Durante a visita, Sóstenes também comentou sobre a possível candidatura de Michelle Bolsonaro ao Senado. Segundo o deputado, Bolsonaro quer que a ex-primeira-dama concorra ao Legislativo para protegê-la de eventuais perseguições políticas que, segundo ele, ocorrem com frequência no Executivo.

O líder do PL também afirmou que o partido deve obstruir votações caso o governo não pague as emendas impositivas.

Esta é a 2ª visita do líder a Bolsonaro desde o início do confinamento. A 1ª vez foi em 22 de setembro. Sóstenes chegou às 14h55 e deixou o condomínio onde mora Bolsonaro às 18h.

Por: Poder360

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