O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse neste domingo (7.dez.2025) que sua campanha na disputa pelo Planalto em 2026 terá reunião com líderes partidários na 2ª feira (8.dez) para “entender melhor” quais são as propostas que têm para apoiar sua candidatura.
“Vamos conversar na 2ª feira, que já terá dado tempo de entender o anúncio, que pegou muita gente de surpresa […] Vamos conversar com Waldemar, com o Rueda, com o Ciro Nogueira, com o Rogério Marinho. Vamos conversar sem o compromisso de absolutamente nada”, afirmou em entrevista a jornalistas depois de participar de um culto numa igreja evangélica, em Brasília.
Flávio afirmou que tudo o que for conversado será informado a Jair Bolsonaro na visita semanal que foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.
“Vamos trocar nossas intenções e eles vão ouvir da minha boca o projeto que vamos colocar no papel […] e na próxima visita ao meu pai vou colocar para ele”, declarou.
O Centrão funciona como um bloco de partidos que não tem uma ideologia fixa –em vez disso, mobiliza apoio conforme interesses, cargos, verbas e acordos de base pragmática. Por essa razão, esses líderes são vistos como “chaves” para garantir apoio no Congresso.
Quando um político ou um governo consegue fechar alianças com esse grupo, assegura ampla maioria legislativa, apoio em votações importantes e maior controle político. Isso torna o Centrão essencial em articulações políticas, sobretudo em disputas de poder para o Executivo e nas negociações que determinam quem forma coalizões ou controla pautas no Congresso.
Flávio afirmou que existe a possibilidade de não levar sua candidatura “até o fim” nas eleições de 2026. “Há uma possibilidade de eu não ir até o fim. Eu tenho um preço para isso. Vou negociar. Mas só vou falar para vocês amanhã”, declarou o senador, sem detalhar quais seriam as condições para eventual retirada da disputa.
O senador também comentou a reação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre o cenário eleitoral. Disse que a conversa entre os dois foi “franca e sincera” e classificou o governador como o “principal nome do time” da direita no momento.
“O Tarcísio é um cara fora de série. A reação dele foi exatamente a que eu teria se fosse o contrário. Hoje ele é o principal nome do nosso time”, afirmou.
Segundo o senador, não há fragmentação no campo conservador, apesar das pré-candidaturas já colocadas e do silêncio de lideranças do Centrão. “Não tem fragmentação da direita. Tem pessoas se unindo, independentemente de vaidade, para que o Brasil não escolha de novo o caminho errado”, declarou.
Durante a fala, Flávio também voltou a defender a votação de uma proposta de anistia no Congresso. Disse esperar que o tema seja pautado ainda nesta semana. “Que vença a maioria. Que vença a democracia”, afirmou.
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