"Muitas aves já estão tão ameaçadas que reduzir os impactos humanos por si só não as salvará. Essas espécies precisam de programas especiais de recuperação, como projetos de reprodução e restauração de habitats, para sobreviver", afirmou Kerry Stewart, principal autora da pesquisa, citada no comunicado.
Os pesquisadores analisaram quase 10 mil espécies de aves, com dados da Lista vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN na sigla em inglês), e previram o risco de extinção com base nas ameaças que cada espécie enfrenta. Segundo o estudo, as aves de grande porte são mais vulneráveis à caça e às alterações climáticas, enquanto as aves com asas largas sofrem mais com a perda de habitat. O estudo identifica também quais as ações de conservação que melhor preservarão tanto o número de espécies de aves quanto as suas funções ecológicas."Enfrentamos uma crise de extinção de aves sem precedentes nos tempos modernos. Precisamos de ações imediatas para reduzir as ameaças humanas em todos os habitats e de programas de recuperação dirigidos às espécies mais raras e ameaçadas de extinção".
A professora na Universidade de Reading sustenta que dar prioridade a programas de conservação para apenas 100 das aves ameaçadas mais singulares poderá salvar 68% da perda projetada de diversidade funcional, bem como ajudar a manter os ecossistemas saudáveis."Parar as ameaças não é suficiente, cerca de 250 a 350 espécies precisarão de medidas complementares de conservação, como programas de reprodução e restauração de habitat, para sobreviver no próximo século", afirmou Manuela Gonzalez-Suarez, autora sênior do estudo.
Relacionadas"Interromper a destruição de habitats salvaria a maioria das aves. No entanto, reduzir a caça e prevenir mortes acidentais salvaria aves com características mais invulgares, especialmente importantes para a saúde do ecossistema", diz o comunicado.


