• Terça-feira, 16 de setembro de 2025

Lula restringe comitiva para EUA para evitar constrangimentos

Presidente desistiu de levar congressistas como normalmente faz; presidentes da Câmara e do Senado temem Lei Magnitsky. Lei no Poder360.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levará menos políticos e assessores na viagem que fará a Nova York na semana que vem. A decisão se deu pelo receio de que o governo do presidente Donald Trump (Partido Republicano) possa impor algum tipo de constrangimento à comitiva. Por isso, a ordem foi a de reduzir ao máximo o número de pessoas com o petista.

Desta vez, nenhum congressista integrará a delegação. Normalmente, Lula convida deputados ou senadores para viajarem com ele como forma de prestigiá-los e também para aproveitar a oportunidade de ter conversas mais densas.

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), também temem que a participação na viagem presidencial possa demonstrar um sinal de apoio ao governo petista. Têm receio de também virar alvos de punições por meio da Lei Magnitsky.

Em 2024, o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), acompanhou Lula a Nova York. O também então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou à cidade norte-americana dias depois. Ambos acompanharam o discurso de Lula de dentro do plenário da ONU na abertura da Assembleia Geral. Sentaram-se ao lado da primeira-dama Janja Lula da Silva.

Até o momento, o Poder360 confirmou que os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e a presidente do Banco do Brasil, Tarciana de Medeiros, integrarão a comitiva. Outros ministros ainda aguardam definições de agenda para confirmar a viagem.

O Itamaraty informou na 2ª feira (15.set.2025) que nem todos os integrantes da comitiva que acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na viagem aos Estados Unidos receberam os vistos necessários para entrar no país. O ministério, no entanto, avalia que não deve haver negativas porque o governo norte-americano sinalizou que os pedidos ainda estão sendo processados.

Lula embarca para Nova York no sábado (20.set) para participar de reuniões diplomáticas e da abertura da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), que será realizada em 23 de setembro.

Como o Drive antecipou no sábado (13.set), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ainda não recebeu resposta da Embaixada dos Estados Unidos. O Itamaraty havia pedido a renovação do visto do ministro em 19 de agosto.

Padilha foi alvo de sanções por parte do presidente Donald Trump (republicano) em 13 de agosto porque estava à frente do Mais Médicos durante o governo Dilma Rousseff (PT). O programa contratou na época profissionais cubanos para atuar no Brasil. O ministro estava com o visto vencido e, por isso, a punição não teve efeitos práticos. Mas sua mulher e sua filha tiveram as autorizações suspensas.

Por: Poder360

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