O meio-campista Lucas Paquetá, 28 anos, foi absolvido nesta 5ª feira (31.jul.2025) das acusações de envolvimento em manipulação de apostas esportivas, depois de uma Comissão Reguladora independente ter considerado que as acusações feitas pela FA (Associação de Futebol da Inglaterra) não foram comprovadas no tribunal.
O jogador do West Ham estava sendo investigado por possivelmente ter forçado cartões amarelos em 4 partidas da Premier League com a intenção de influenciar o mercado de apostas. O atleta está liberado para atuar normalmente.
A audiência, que teve início em março e foi concluída em junho de 2025, analisou denúncias de violação da “regra E5.1”, que trata de condutas que tentam interferir no andamento de jogos de forma imprópria. Os confrontos sob análise foram contra Leicester (nov.2022), Aston Villa (mar.2023), Leeds United (mai.2023) e Bournemouth (ago.2023), todos com Paquetá recebendo cartão amarelo.
Em nota divulgada nesta 5ª feira (31.jul), a FA reconheceu que não conseguiu comprovar que o jogador agiu com o objetivo de manipular o andamento das partidas para beneficiar apostas. “Lucas Paquetá negou as acusações contra ele, e a Comissão Reguladora considerou que elas não foram comprovadas após uma audiência”, afirmou a federação. Eis a íntegra da nota oficial (PDF – 4 MB).
“Uma Comissão Reguladora independente considerou que as acusações de má conduta contra Lucas Paquetá, do West Ham United, por supostas violações da Regra E5 da FA (Associação de Futebol da Inglaterra), não foram comprovadas.”
“Lucas Paquetá foi acusado de quatro supostas violações da Regra E5.1 da FA, relacionadas à sua conduta durante os jogos da Premier League contra o Leicester City em 12 de novembro de 2022; Aston Villa em 12 de março de 2023; Leeds United em 21 de maio de 2023; e AFC Bournemouth em 12 de agosto de 2023.
“Alegava-se que Lucas Paquetá tentou influenciar diretamente o andamento, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência dessas partidas, buscando intencionalmente receber um cartão do árbitro com o propósito indevido de afetar o mercado de apostas, permitindo que uma ou mais pessoas lucrassem com apostas.
“Lucas Paquetá negou todas as acusações, e a Comissão Reguladora concluiu, após uma audiência, que elas não foram comprovadas.
“No entanto, a Comissão Reguladora considerou comprovadas as acusações de má conduta contra o jogador por supostas violações da Regra F3 da FA.
“Lucas Paquetá foi acusado de duas violações da Regra F3 da FA por, supostamente, não cumprir com suas obrigações de responder a perguntas e fornecer informações durante a investigação conduzida pela FA.
“O jogador também negou essas acusações, mas a Comissão Reguladora as considerou comprovadas após a audiência. A Comissão determinará a sanção apropriada para essas violações o mais breve possível.
“A FA aguarda os fundamentos escritos da Comissão Reguladora em relação às decisões tomadas sobre as acusações, e não fará mais comentários até que esses fundamentos sejam recebidos.
“Apesar da absolvição no mérito principal do processo, a comissão entendeu que Paquetá não cumpriu totalmente com as obrigações de colaborar com a investigação, infringindo a Regra F3, que exige que atletas respondam integralmente a questionamentos e forneçam informações solicitadas. Por isso, o meia será multado, em valor ainda não divulgado oficialmente.”
Paquetá se manifestou nas redes sociais logo depois do anúncio da decisão, e disse ter sempre se declarado inocente. Também agradeceu à família, aos fãs e ao clube pelo apoio.
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Com a decisão, o West Ham agora avalia o futuro do atleta no elenco. Paquetá é considerado peça-chave do time londrino, mas esteve sob incerteza desde que as investigações vieram à tona, em maio de 2024. Internamente, o clube chegou a discutir se buscaria um substituto no mercado, diante da possibilidade de sanção severa.
As acusações contra Paquetá surgiram depois de uma análise suspeitar de padrões de apostas esportivas ligadas a cartões recebidos por ele, especificamente em apostas do tipo “jogador receberá cartão durante a partida”. Segundo a FA, os lances teriam sido usados para gerar ganhos indevidos no mercado de apostas.
A “Regra E5.1”, sob a qual o atleta foi investigado, trata de tentativas, diretas ou indiretas, de manipulação do resultado ou conduta de jogos. A federação trata com rigor este tipo de infração, que pode levar até ao banimento vitalício do futebol profissional em casos comprovados.
Na mesma investigação, Paquetá também enfrentava acusações de má conduta ao não fornecer respostas completas à FA, o que resultou na penalidade administrativa com multa, embora sem impacto em sua possibilidade de atuar.
