O voltou a bombardear o sul do Líbano nesta quinta-feira (6/11), atingindo o que descreveu como “infraestruturas militares” do Hezbollah, grupo político-militar apoiado pelo Irã. Segundo as , os ataques envolveram aviões e drones e tiveram como alvo unidades responsáveis por reconstruir a capacidade bélica da organização.
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Segundo o comando israelense, ordens de desocupação foram emitidas em várias cidades e vilas da região. Ao menos uma pessoa morreu na operação, que ocorre apesar do cessar-fogo firmado há um ano entre as partes.
A inteligência israelense afirma que o grupo conseguiu restaurar parte de sua cadeia de suprimentos com armas vindas do Irã e que continua treinando milicianos no sul libanês. Em comunicado, Tel Aviv acusou o Estado do Líbano de “evitar confrontos diretos” com o Hezbollah, em meio à crise política que o país enfrenta desde o fim da guerra.
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Acordo de cessar-fogo
O acordo de cessar-fogo, mediado por Estados Unidos e Nações Unidas, determinava que as Forças Armadas libanesas seriam a única força armada ativa ao sul do país e que o Hezbollah deveria entregar gradualmente suas armas até o fim deste ano. O governo libanês, no entanto, tem enfrentado resistência do grupo, que argumenta que o pacto se aplica apenas à região fronteiriça.
No último domingo (2/10), em entrevista à TV Al-Manar, o secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, rejeitou o desarmamento e acusou Israel e os EUA de tentar impor condições políticas.
Ainda no último final de semana, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que não tolerará o rearmamento do Hezbollah nem permitirá que o Líbano se torne uma nova frente de conflito contra seu país.
“Em relação ao Líbano, o Hezbollah está sofrendo baixas constantemente, mas também tenta se armar e se recuperar. Esperamos que o governo libanês cumpra o prometido, ou seja, desarmar o Hezbollah. Exercemos nosso direito à autodefesa e agiremos conforme necessário”, afirmou o premiê, segundo comunicado de seu gabinete.
Em carta aberta divulgada nesta quinta-feira, o Hezbollah reafirmou que não aceitará negociações enquanto o país estiver “sob agressão”. “Israel não cumpriu o acordo de cessação das hostilidades e tenta impor suas condições por chantagem e violência”, disse o texto.